Capítulo 21

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(Final de semana)

Acordo bem cedo e saio para correr, não estou acostumada a fazer isso, mas hoje o dia estava me obrigando a fazer isso. O Marcel não quer mais ser meu namorado e eu não vou poder ir na viagem sozinha, estou triste por isso, mas não posso obriga-lo a nada.

Faço uma parada para descansar e começo a me alongar. Do outro lado da rua vejo duas garotas muito bêbadas vestindo roupas minúsculas saindo de uma boate a principio ignoro, mas quando vejo um homem com um físico familiar fico curiosa, mas depois de alguns segundos vejo ele entrando em um caro luxuoso com as garotas bêbadas, mas antes que eles partissem ele acabou me vendo do outro lado da rua.

Eu rapidamente comecei a me mover e voltei em direcção ao meu apartamento correndo, depois de alguns minutos estava distante o bastante para parar de correr, me agachei e respirei fundo.

- Não sabia que você era tão rápida assim – escuto a voz do Marcel por detrás de mim.

Eu respirei fundo e botei um sorriso no rosto e me virei.

- Porque você me seguiu? – perguntei.

- Você parecia incomodada com algo, então quis saber se estava tudo bem. – falou ele se aproximando, mas eu dei alguns passos para trás para manter a distancia.

- O que foi? Porque você está agindo assim? Você está chateada porque não estou mais te ajudando? – perguntou ele.

- É claro que não! Eu não queria que você deixasse de fazer o que você estava fazendo por minha causa, só isso – falei olhando para as minhas sapatilhas, e segundos depois vi os sapatos do Marcel perto dos meus.

Não queria levantar o rosto, não sabia o que se passava comigo, não sabia o porque de eu estar sentindo raiva naquele momento.

Sinto as mãos do Marcel em meu pescoço e depois uma delas levanta o meu queixo, sem ser onde esconder o meu rosto tento me afastar, mas ele segura a minha cintura.

- O que você está fazendo Marcel?

- Porque você está fugindo Naty? Não me diga que você está com ciúmes?

Ouvir aquilo me fez corar, queria negar, mas eu não sabia se era mentira ou não, não sabia de nada, estava confusa com tudo que estava acontecendo.

Mordi os meus lábios para diminuir o nervosismo, mas a proximidade do Marcel estava dificultando as coisas.

- Você está muito perto – falei empurrando o peito dele, mas os meus esforços eram em vão.

- Isso te incomoda?

- Eu nunca escondi que acho você lindo e atraente, mas você sabe muito bem de quem eu gosto!

- Mas está com ciúmes de quem neste exacto momento?

- Marcel para!

- Está bem, está bem! Eu vou embora se você quiser, mas eu pensei um pouco e pensei em te ajudar com o Lucas...

- Mesmo? – não acreditava no que estava ouvindo.

- Sim, mas nas mesmas condições de antes, eu quero você só para mim, se você conseguir nos terminamos, mas até lá nada de beijinhos por aí, se ele estiver mesmo apaixonado por você, ele vai ter que fazer as coisas do jeito certo, não quero ver você caindo nos joguinhos dele. – falou ele.

Eu fiquei tão feliz por ele voltar a me ajudar que o abracei bem forte.

- Está bem chefe, como você quiser! – falei com um sorriso enorme no rosto.

- Não me chame disso nunca mais – falou ele com cara de nojo e isso me fez rir.

Decido não contar nada sobre o que descobri sobre a Carol e a Beatriz para o Marcel, não sabia se depois disso ele ainda continuaria me ajudando, então não quis arriscar.

(De tarde)

Finalmente chegamos na casa de praia onde passaríamos o final de semana e ao chegarmos nos deparamos com o Lucas discutindo com a Carol, isso me deixou contente, mas o Marcel me deu um soquinho no ombro e rolou os olhos.

- O que foi? Você disse que me ajudaria e essa situação me alegra, você sabe disso – falei baixinho, mas ele me ignorou e foi tentar parar a discussão.

Eu me aproximei também, mas quando cheguei perto deles a Carol já estava entrando na casa.

O Lucas passou as mãos no rosto e saiu dali também, mas não entrou na casa.

- O que aconteceu? – pergunto para o Marcel.

- É sobre uma pessoa do passado, você não conhece ela. – falou o Marcel olhando para mim.

Será que é sobre a tal Beatriz?

- Me conta por favor!

- Não acho que seja uma boa ideia – falou ele.

- É sobre a Beatriz? – isso pode dar problema, mas não aguento tanto suspense.

- Como você sabe da Beatriz? – perguntou espantado.

- Você sabe, a minha informante – falo com um sorriso travesso.

Ele coloca a mão na testa e depois olha para mim com cara feia e depois entra na casa sem me falar mais nenhuma palavra.

Eu já esperava que uma coisa dessas acontecesse, eu o sigo e quase sou atingida por um vaso na cabeça, mas os cacos de vidro machucaram o meu ombro e não consegui ver de onde o vaso veio, somente vi muito sangue espalhado no piso e isso foi a ultima coisa que vi antes que o meu corpo alcançasse o chão.

The Ordinary GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora