The Ordinary Girl

Capítulo 30

Vê-la desacordada naquele estado estava me deixando louco, se eu não tivesse deixado ela sozinha isso não teria acontecido.

Um paramédico falou algo que não ouvi e a única coisa que disse foi que nós éramos próximos, então ele me deixou entrar na ambulância. Eu segurei a mão dela durante o trajecto até o hospital, quando chegamos eles me disseram que deveria ficar na sala de espera.

Eu fiquei em silencio e liguei para o Pai da Naty, e tentei chama-lo sem preocupa-lo demais, mas não deu certo. Ele desligou o celular e depois o coloquei no bolso.

Fiquei na sala de espera e ninguém dizia nada. Eu não queria imaginar o pior, então tentava me distrair com algumas fotos que tiramos juntos na praia, mas aquilo so me deixava mais desesperado e quando o Pai da Naty chegou não consegui falar nada e apenas abaixei a cabeça.

- Não se sinta mal, eu sei que você fez tudo que pode para ajuda-la – falou ele colocando a mão no meu ombro.

Ficamos horas esperando que a cirurgia terminasse e depois o médico saiu. Eu e o Pai da Naty fomos em direcção dele imediatamente.

- Como a minha filha está?

- Vocês precisam se acalmar e ficar fortes porque ela não está nada bem... - começou ele – ela acabou de sair do hospital e agora ela aparece com um ferimento profundo, os órgão dela foram afectados e tivemos muitos problemas para opera-la, mas ela está em observação, então ela não pode receber visitas.

- Como assim? Você quer que nós fiquemos sem ver ela? – perguntou o Pai da Naty.

- Não queremos que a situação dela piore, então ela não pode receber visitas no momento, me perdoem mas é para o bem dela. – falou ele e depois saiu do local.

Eu queria permanecer forte, mas cada vez que imaginava uma situação horrível minhas forças desapareciam.

- Você está exausto, volte para casa! – falou o Pai da Naty que estava sentado ao meu lado no banco de espera.

- Eu não vou sair daqui...

- A minha filha disse que vocês estão namorando – falou ele.

- Não mais, agora ela está com o Lucas.

- Isso foi rápido – falou ele – e onde está ele?

- Ele está fora do país agora... quando falei o que havia acontecido com a Naty ele simplesmente me disse que não tinha como vir e pediu que eu ficasse com ela.

O Pai da Naty não disse mais nada e eu também permaneci em silêncio.

(Em outro país)

- Sim, eu garanto que tudo sairá do jeito que o senhor deseja! – falo e depois desligo o celular.

Quando saio do elevador me deparo com a Beatriz em minha frente e isso me faz sentir horrível, mas eu precisava lhe dar com essa situação.

- Eu já organizei tudo para amanha, não precisa se preocupar com nada – falou ela e depois me entregou alguns documentos.

- Obrigado pela ajuda, eu não preciso rever nada, eu sei que você é boa em organizar inventos – digo devolvendo os documentos – agora preciso descansar, nos falamos amanha.

Começo a caminhar em direcção ao meu quarto, mas ela fica em minha frente.

- Eu posso te fazer companhia, você parece tenso, nos podemos passar a noite juntos o que você acha?

- Beatriz, nos já conversamos sobre isso, eu agora estou com outra pessoa e só aceitei você como assistente porque o meu pai escolheu você, se dependesse de mim seria outra pessoa. – falo segundo em frente.

- Você está bravo comigo porque estou trabalhando na empresa do seu Pai?

- Não me importo com isso, agora eu estou com outra pessoa e não pretendo traí-la. – falo e entro no quarto.

Tranco a porta e ligo imediatamente para o Marcel e ele atende.

- Oi, como ela está? – pergunto.

"Mal, muito mal, o médico disse que o corpo dela está fraco porque ela voltou ao hospital quase depois do acidente anterior"

- Eu não vou conseguir fazer isso, eu vou pegar o primeiro avião e vou chegar aí antes do amanhecer.

"Eu sei que você está desesperado, mas você sabe o que vai acontecer se você voltar agora não sabe?"

- Eu não me importo mais com isso, eu não consigo ignorar isso...

"Então se prepare, vou pedir que o piloto do jatinho da minha família venha te buscar, seja rápido!"

- Obrigado Marcel!

"Não precisa agradecer, nos somos amigos!"