Capítulo 29

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Acordo do sofá com o barulho de alguém batendo a porta. Me levanto e vou em direcção a porta e a abro. Sinto minha respiração falhar quando vejo o namorado da minha mãe em minha frente.

- O que você falou para a sua mãe sua p#t@? – falou ele e depois me empurrou para trás e eu cai de costas.

Eu fiquei em pânico, mas desta vez tive forças para agir. Me levantei rapidamente e corri em direcção ao sofá onde estava o celular e quando olhei para trás, vi ele trancando a porta. Corri em direcção ao meu quarto, mas quando estava para trancar a porta ele empurrou a posta e acabei caindo.

Meu coração batia freneticamente, meu cérebro havia parado de raciocinar, meus movimentos estavam no modo automático. Me virei e comecei a engatinhar em direcao ao banheiro porque as minhas pernas estavam tremendo muito e não tinha mais forças para fazer nada, mas ele pegou uma das minhas pernas e me puxou.

Naquele momento sabia que não conseguiria fazer mais nada, mas o meu corpo continuava lutando contra ele, tentava aranha-lo, mas as minhas unhas eram curtas demais para causar algum dano.

Minha consciência estava quase indo embora, mas a bofetada forte que ele me deu me fez recobrar a consciência.

- Você acha que pode se meter no meu caminho? Você não sabe com quem está se metendo! – falou ele e depois me deu outro tapa.

Senti algo escorrendo do meu nariz e vi sangue nas mãos dele, queria fazer algo, mas a dor e o medo estavam me paralisando.

- Você vai pagar caro por isso! – falou ele e depois tirou uma tesoura enorme do bolso e começou a cortar o meu cabelo.

Toda a dor começou a desaparecer cada vez mais que ele cortava o meu cabelo. Não me importava com o que estava acontecendo, eu só queria que aquilo acabasse logo, que alguém aparecesse e me ajudasse. Eu achei que seria mais forte se me afastasse das pessoas, mas parece que não mudei nada, ainda fico presa as outras pessoas, ainda dependo da ajuda dos outros, mas desta vez não está ninguém aqui, sempre quis ficar sozinha porque tinha medo que as pessoas me machucassem um dia, mas no final das contas a culpa não eram das pessoas, eu procurei todo esse problema, se eu tivesse permanecido firme até o final, talvez esse desgraçado estaria preso agora, mas eu só fiquei aceitando o que os outros diziam mesmo eles não sabendo de nada do que havia acontecido.

Eu queria que acreditassem em mim, eu queria que eles me defendessem, mas agora não vou esperar que alguém acredite em mim, eu vou fazer algo, nem que eu acabe morrendo por isso!

Sinto uma por quando a minha cabeça choca no chão.

- Vou terminar o que não consegui fazer a anos atrás... - falou ele colocando a mão dentro da minha blusa e eu aproveitei o momento e arranquei a tesoura da mão dele e furei o ombro dele profundamente.

Enquanto ele reclamava da dor eu levei o meu celular e corri em direcção a cozinha e peguei a maior faca que eu tinha e apontei para ele que passou quando me viu com a faca.

- O que você acha que vai fazer com isso? – perguntou ele e arrancou a tesoura do ombro.

- O mesmo que fiz com a tesoura seu desgraçado! – grito.

- Então a ratinha fala. – falou ele rindo.

Olhei para a porta e não vi a chave lá. Ele deve ter levado ela.

Eu tenho que fazer alguma coisa, ele não vai ficar parado por muito tempo e com certeza não posso lutar com ele porque apesar de estar ferido ele é muito mais forte que eu.

Ligo para o Lucas sem que ele se apercebesse, mas ele não atende.

Com vários dias para ele fazer isso ele foi escolher justamente hoje? O que eu faço agora? Eu já mandei um sinal para os seguranças, mas eles estão demorando muito.

- Deixe essa faca e me entregue o celular! É melhor que você aceite por bem, porque quando eu te pegar, eu vou fazer a questão de deixar a mesma marca que você deixou em mim no seu pescoço! – falou ele se aproximando e eu comecei a atirar panelas e pratos nele.

E quando ele estava próximo de mim escuto a campainha tocando, ele me pega e arranca a faca da minha mão, e eu começo a gritar alto. Ele tapa a minha boca e eu o mordo, em seguida ele me empurra contra a geleira com força e sinto a faca entanto em minha barriga e depois disso os meus olhos se fecharam e tudo que eu pude sentir foi o meu copo chocando com o chão.

The Ordinary GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora