Uma Maçã na Parede

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Nota da autora:
  A mesma conversa de sempre, não é mesmo? Mas lá vai.
  Me desculpem pela demora, e que demora. Infelizmente ainda não me encontro completamente disponível para me dedicar a fanfic. Eu já devo ter mencionado isso, mas a universidade está me esgotando todas as fontes de energia e me manter mentalmente saudável é uma atividade que exige bastante.
E como estou em fim de período, e um monte de trabalho nas costas, espero que vocês entendam.
♥️

xxx

  A casa dos Riddle ficava em Little Hangleton. Era uma área protegida pelo Ministério onde trouxas já não podiam mais entrar, já que há alguns anos alguns adolescentes tentaram vandaliza-la, e as casinhas da aldeia haviam sido substituídas por casas mais modernas.
  Ao menos era isso que dizia o computador especial da biblioteca.
  Normalmente a tecnologia não era incluída na magia, dizia-se que era muito versátil e a magia precisava ser constante. Mas ainda assim havia um computador em Ilvermorny, com um acesso mínimo a internet e basicamente milhares de arquivos que um dia estavam nas prateleiras, mas se tornaram velhos demais até para restauração mágica para que alunos os manuseassem.
  Scorpius estava lá a meia hora, enquanto os preparativos para o ataque estavam sendo feitos. Seu plano divergia bastante dos outros. Enquanto aurores entravam como um enxame na escola, os alunos eram protegidos em seus dormitórios, e os planos eram feitos, Scorpius pretendia agir sozinho.
  Ele tinha a planta da casa, tinha alguns feitiços memorizados e alguns truques na manga. Tudo que precisava agora era que Albus permanecesse vivo.
  E ele iria.
  Nada iria valer a pena se ele não estivesse.
  Se ele morresse acreditando que Scorpius estava morto...
  Scorpius levantou com suas anotações e fechou os arquivos que estavam abertos. Precisava se colocar em movimento ou ficaria louco.
  Ele correu para fora da biblioteca, ouvindo o rumorejo de vozes vindo de baixo, do Salão Principal. Desceu as escadas pulando de dois em dois degraus e entrou na sala.
  Assim que passou pelas portas e caminhou entre os bruxos que se espremiam no salão, buscando pelo pai, ou qualquer um conhecido, recebeu inúmeros olhares de avaliação. Todos sabiam àquela altura quem ele era, e também não era muito difícil de descobrir, os Malfoy tinham características marcantes.
Scorpius perambulou por algum tempo entre os bruxos até encontrar seu pai debruçado sobre um mapa indicando algo com a varinha, a cada toque no papel, uma linha se esgueirava entre as ruas desenhadas. Ao lado dele estava Harry Potter, falando algo a esposa que não dava para ser ouvido, mas Gina Potter parecia bastante determinada. Do outro lado da mesa onde o mapa estava disposto, haviam mais duas pessoas.
Fleur e Victor, Scorpius reconheceu.
Scorpius sabia que Victor era bem próximo da família e Fleur havia realmente entrado para o clã Weasley, mas parecia agora que, depois da menção à Cedrico Diggory os dois haviam entrado na briga definitivamente.
Scorpius estava satisfeito com isso.
Quanto mais melhor.
-Scorpius.
Ele piscou os olhos, saindo do devaneio, e encontrou os olhos do pai.
-Onde você estava?
-Na biblioteca. -disse ele, tirando de dentro do bolso o papel dobrado da casa Riddle. -Achei isso.
-E o que seria isso?
-Uma cópia da planta da casa dos Riddle. -ele deslisou o papel para a mesa.
Malfoy pegou o papel e o desdobrou sobre a mesa, Scorpius havia feito algumas anotações ao redor do desenho. Outra cópia daquela estava guardada no bolso da calça.
  Malfoy passou o dedo por cima das linhas que ele havia desenhado indicando as possíveis entradas, portas e janelas.
  -Vamos sair em menos de uma hora. Tem certeza que essas entradas existem? -Draco perguntou, erguendo a cabeça para olhar o filho.
  Scorpius assentiu.
  -A não ser que seja uma cópia falsa a que está nos arquivos da escola. -Scorpius respondeu.
  Draco balançou a cabeça e dobrou a planta novamente.
  -Muito bem. -ele disse, guardando-a no bolso interno do sobretudo. -Vou levá-la para os aurores.
  Draco se virou e sumiu na multidão. Scorpius ficou perto da mesa, tamborilando os dedos nervosamente no tampo. Só precisava de mais tempo. Que Albus aguentasse só mais um tempinho, ele logo estaria lá. E ainda que ele não perdoasse Scorpius pelo plano de se fazer de morto, ele pelo menos tivera boas intenções. Qual seria sua serventia se tivesse permanecido com eles? Há essa hora estariam todos perdidos no mapa.
  Uma hora se passou voando enquanto Scorpius esperava na mesa, mal pareciam ter passado trinta minutos quando Draco voltou à mesa e o chamou com um gesto.
  -Vamos partir.

Stigma - ScorbusOnde histórias criam vida. Descubra agora