Eleanor estava sentada com o rosto inchado e vermelho depois de chorar, os médicos pediram para ela se retirar dos aposentos do rei onde estava sendo tratado para realizarem o procedimento mais atentamente. Tinha péssimas lembranças de doenças em sua família. Parecia que o tempo havia parado. Félix havia ido conversar com os serventes para saber se o rei tinha feito algo de diferente nessa manhã, Melissa seguia sentada ao seu lado segurando sua mão e Gaspar foi em direção à cozinha providenciar mais chá para os nervos da princesa. James não deu as caras depois da agitação.
A porta dos aposentos do rei se abrem e Eleanor rapidamente se levanta indo em direção ao doutor.
- Como está meu pai? Acordou em fim? - Pergunta extasiada a princesa limpado as lágrimas insistentes em seu rosto, o médico não parecia contente.
- O rei permanece desacordado porém respirando, seu pulso está normal mas começou a arder em febre - Explica a situação delicada - Não há sinal de veneno, o rei tinha alguma doença que mantinha em segredo do povo?
- Não que eu saiba, ele sempre pareceu saudável para mim - Responde com a voz anasalada - Irão curar meu pai doutor? Por favor o curem! Todo ouro que exigirem será dado em agradecimento se curarem meu pai - Implora com a voz já sumindo - ...Por favor...
O médico coloca a mão em seu ombro tentando consolar a jovem.
- Minha alteza nem todo ouro do mundo pode salvar uma vida doente, faremos o possível para tratar o rei isso eu lhe garanto. Ervas medicinais foram providenciadas e veremos a reação do paciente - Eleanor assente segurando firmemente seus braços contra o corpo - Desculpa a indelicadeza nesse momento difícil, mas muitos do clero acreditam que doenças são punições divinas por seus pecados. Caso a medicina não surja efeito, chame um padre para proferir orações.
Dito isso ele volta para os aposentos e fecha a porta. Eleanor se senta novamente no sofá encostando a cabeça na parede. Gaspar volta com seu chá.
- Aqui está minha menina, tome um pouco e tente se acalmar - Gaspar serve o chá e lhe entrega a xícara, sua mão trêmula segura a levando para a boca tomando um longo gole.
- Obrigada Gaspar. Obrigada por estarem comigo - Agradece baixo sorrindo.
- Não estará sozinha enquanto estivermos aqui Eleanor - Félix diz se aproximado junto de Luiza - Pode contar conosco para ficarmos ao seu lado.
- Somos mais que seus amigos, somos uma família - Luiza diz se ajoelhando ao seu lado e segurando sua mão. Félix faz o mesmo colocando a mão por cima, Melissa e Gaspar também se juntam. Eleanor sorri.
- Obrigada, não sei o que seria sem vocês meus amigos.
- Seria uma princesa loira maravilhosa - Félix diz dando um sorriso de lado reconfortante.
- Leal ao seu povo e gentil com todos - Melissa complementa.
- Uma batalhadora que leva consigo as marcas de suas vitórias - Luiza continua.
- O espelho da melhor rainha que Bravença já teve a honra de ter - Gaspar sorri concluindo.
Eleanor se sente sortuda de estar cercada de pessoas que se importam com ela e seu bem estar. Respirando fundo de olhos fechados ela resolve ser forte e cumprir seu papel de princesa. Abre os olhos novamente determinada a fazer isso.
- Gaspar chame o padre para visitar meu pai, Melissa por favor certifique-se que a notícia que o rei está doente não saia do castelo. Não queremos os súditos alarmado até termos um sinal de melhora ou...alguma novidade por parte dos peritos no assunto - Eles assentem e se levantam indo para onde sua princesa os ordenou - Luiza fique atenta aos serventes, se souberem de algo suspeito em relação ao rei não deixe de me contatar.
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Seu nome é Eleanor
Historical FictionEm Bravença o ditado é claro: "Nobres acima do povo, leis acima dos nobres, e Deus acima de tudo". Reino rico, com abundância em comida, e um reinado respeitado. É nesse reino que mora uma jovem princesa e futura rainha, que diferente das outras sab...