TW: Cyberbullying;
— Sabia que nossos corações são do tamanho dos nossos punhos cerrados? — A voz dele rompe o silêncio instalado entre nós pela primeira vez desde que me acomodei sobre seu peito, após o efeito perdulário de suas sensações ainda ecoando dentro de mim como um eco de tudo que tinha sido feito há meia hora.
Meu corpo, ainda trêmulo e desacostumado com tanto êxtase, se recupera de um frenesi, enquanto ele, como sempre — doce, confortável e facilmente amável até nas horas mais impróprias; me abraça.
Seu coração, quase ritmado, é como música para os meus ouvidos. Uma sinfonia partida que parece ser decodificada com a mesma facilidade que encontrei em compreender o modo como seu corpo funciona; com mãos cuidadosas e exploração permissiva, e com um toque tão suave em meus cabelos que estou quase adormecendo, como se aquele cenário inteiro fosse produto de emoções inventadas.
— Achei que era só um mito!
— Não é, — Ele estende o braço até a altura dos meus olhos e então fecha o punho — pelo menos não acredito que seja.
— Mas quem garante que seu coração é realmente desse tamanho? — Seu olhar reprovatório, como uma criança contrariada, me faz rir, principalmente quando seu satoori se destaca nas palavras, provocando um efeito engraçado no modo com elas soam, denunciando uma desaprovação imediata.
— Eu garanto! Anda, me mostra a sua... — ele pede, contendo um sorriso no canto do lábio por tentar parecer durão quando nem mesmo conesegue e estendo a mão para cima, encolhendo os dedos para dentro da palma, que ele gentilmente toca.
— Seu coração cabe dentro do meu, tá vendo? — Fico em silêncio por um segundo, observando nossas mãos conectadas. Odiava vasculhar por esse lado de Jungkook, principalmente quando acabava envolvida nisso até o sumo dos ossos, como naquele momento, depois de tanta intensidade que muito provavelmente eu não saberia lidar depois.
— Isso significa alguma coisa? — Ergo os meus olhos até os seus.
— Significa um vínculo de proteção
— Vínculo de proteção?
— É, um coração que envolve outro se torna um escudo, tipo o seu dentro do meu ou vice e versa — Ele inverte a posição de nossas mãos embora a dele, sem sombra de dúvidas, lute para caber no meu encaixe. — Corações protegidos pra sempre, algo assim, não lembro tão bem do verso.
— Isso é bonito, sabia? Meio cafona, mas é bonito.
— Cafona, gatinha?!
— Sim, cafona!
— Meia hora atrás eu não era cafona. — ele rebate e sorrio, de novo. Não parei de sorrir desde que entrei aqui, mesmo depois da noite fodida e errada que essa tenha sido, frustrando minhas expectativas em relação a Taehyung em algum momento.
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Como conquistar esse garoto.
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Eleanor está no seu último ano de faculdade e a essa altura tudo que deseja é seu diploma em mãos e os beijos do capitão do time de baseball, Kim Taehyung. Mas era incrível como o universo inteiro conspirava para que o mala do Jeon Ju...