Já é quase segunda-feira à tarde quando resolvo colocar meus pés para fora do dormitório pela primeira vez desde que o boato sobre Jungkook e eu havia sido disseminado pelas frestas da universidade como um rotavírus de estação que se propaga no ar. Os títulos banais de namorada, ficante ou sei-lá-o-que seguiam associados ao meu nome, surgindo sorrateiramente em conversas paralelas pelo corredor e comentários de minhas colegas de porta, acompanhado de olhares curiosos para dentro do espaço sempre que Christine ousava abrir a porta.
Relutar não parecia a atitude mais sensata quando uma ideia pré-concebida já tinha sido implantada por um rumor vago e seguia dando frutos.
Havia perdido todas as aulas da manhã por pura indisciplina e falta de coragem de enfrentar um campus inteiro curioso sobre o caso. Tinha convencido Trine de que nada no mundo poderia me tirar daquele quarto, nem mesmo se Taehyung, em um gesto altruísta, pusesse os pés no dormitório feminino para me buscar.
Podia sentir aquela sensação percorrendo minha espinha dorsal, deslizando pelas pontas dos dedos como uma corrente elétrica, o medo e todos os efeitos colaterais de um boato monstruoso percorrendo o campus no meio da semana mais agitada do ano letivo. Não era como se aquilo viesse apenas como uma fofoca qualquer, agora, eu estava permanentemente marcada por uma fofoca meia boca.
Poderia continuar no meu quarto fingindo que não existia e acreditando que no fim, tudo estaria bem outra vez se deixasse todos me esquecerem, mas não poderia adiar aquele compromisso chamado punição severa com direito à pena curricular para depois. Por mais que estivesse disposta a beijar aquela boca bonita que Kim Taehyung tinha; abrir mão de um diploma universitário estava fora de cogitação.
Droga!
Ainda teria que auxiliar no refeitório nos horários de almoço durante as próximas semanas, sendo relembrada por cada aluno que fui pega no quarto do dorm masculino com o imbecil do Jeon Jungkook, deixando todo mundo deduzir o que bem queria: no caso, que estávamos trepando quando Junmyeon chegou. E Jungkook, é claro, havia me deixado falando sozinha no último sábado, após minha ligação desesperada implorando para que aceitasse minha oferta, como se a minha vida já não estivesse complicada o bastante.
Ok, não foi o melhor momento para um pedido inconveniente, ainda mais no calor do momento de uma quase suspensão e uma punição injusta demais, depois de eu ter apontado o dedo em seu rosto, gritando todos os palavrões que conhecia e ele seguir me lembrando que eu era a culpada por aquilo. Hobi estava lá como um mero espectador. Uma testemunha ocular de toda a situação.
Falando nele, Hoseok não havia dados as caras durante o fim de semana todo, provavelmente também estava chateado comigo por ter me comportado de uma forma tão impulsiva ao invadir o quarto de Jungkook quando ele me disse para não fazer, havia mandado algumas mensagens que não foram sequer visualizadas, levando em consideração a quantidade cretina de merdas feitas no primeiro fim de semana do campeonato de baseball, isso sequer deveria me assustar, aquele era o modo Eleanor ativado. E outubro estava só no começo.
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Como conquistar esse garoto.
أدب الهواة[EM ANDAMENTO] Eleanor está no seu último ano de faculdade e a essa altura tudo que deseja é seu diploma em mãos e os beijos do capitão do time de baseball, Kim Taehyung. Mas era incrível como o universo inteiro conspirava para que o mala do Jeon Ju...