Depois da tempestade

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Você ainda é aquele para quem eu corro, aquele a quem eu pertenço

(You're still the one – Shania Twain)

Achei que demoraria a pegar no sono. Mas apaguei assim que coloquei minha cabeça sobre o peito de Nick. Ele tinha sido maravilhoso comigo. Trouxe-me para seu apartamento e me deixou dormir em sua cama, aceitando ficar no sofá, mas não me senti bem em deixá-lo dormir em algo tão desconfortável. Não era certo. Minha última lembrança foi sentir as mãos de Nick em meus cabelos, antes de embarcar no sono profundo.

Acordei com uma pequena claridade que vinha da janela. Preguiçosamente abri meus olhos e por um momento não sabia onde estava. Logo reconheci onde estava, no quarto de Nick, deitada em sua cama. Virei para lado e Nick não estava lá. Espreguicei-me e sentei na cama. Não fazia ideia de que horas eram.

— Bom dia. Nem preciso perguntar se você conseguiu dormir...

Olhei para a porta e encontrei Nick vestindo uma calça jeans e uma camisa baby look rosa e pés descalços. Seus cabelos estavam molhados. Um sorriso bobo estava estampava em seu rosto.

— Bom dia. Que horas são? Acho que dormi demais.

— Ainda é cedo.

— Já passa das dez?

— Um pouco mais cedo. Seis e meia.

— Seis e meia? Por que não me acordou?

— Você estava precisando dormir. Apagou antes que eu contasse até três – falou rindo.

— Me desculpe... – disse um pouco sem graça.

— Está tudo bem. Fiquei vendo você dormir até o sono me pegar.

Nick se aproximou da cama e me deu um beijo suave nos meus lábios. Depois se afastou e me olhou nos olhos.

— Eu ainda não consigo acreditar que estamos juntos. Finalmente.

— E nem eu. Parece tão...

— Parece tão perfeito. Você não sabe o quanto eu sonhei com esse dia. O dia em que finalmente perceberia que eu queria muito mais que ser seu amigo.

— Demorou um pouco para eu perceber que você era a pessoa certa.

— Valeu apena esperar cada minuto – disse Nick voltando a me beijar – sabia que fica linda quando está dormindo?

— Espero não ter roncado ou babado.

— Um pouco dos dois, mas eu não ligo – disse sorrindo.

— Mentiroso – dei um tapa no seu ombro – eu não ronco, e muito menos babo.

Nick riu.

— Está bem, eu menti... Mas você fala durante o sono.

— O que eu falei? – perguntei curiosa.

— É um segredo que vou levar para o túmulo.

— Você é muito sem graça, viu? – falei rindo.

— Para ver esse sorriso, eu posso ser o que você quiser.

— Você precisa parar com isso Nick.

— Isso o quê? – perguntou erguendo uma sobrancelha.

— Precisar parar de falar essas palavras bonitas. Posso acreditar nelas.

— Pensei que já acreditasse.

— É que tudo parece tão perfeito que tenho medo que a qualquer momento irei acordar e perceber que tudo não passou de um sonho.

— Isso aqui parece um sonho? – perguntou beijando meus lábios suavemente.

Tinha Que Ser Você 1Onde histórias criam vida. Descubra agora