Procurando provas

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Não se assuste se eu ficar louco por você... Não se surpreenda se eu cair aos seus pés

(I can't live without your – Dan Torres)

Estávamos finalizando o ensaio quando Russo apareceu. Nick estava dedilhando a última nota no violão.

— Perfeito pessoal! Adorei a escolha das músicas. Se todos adorarem a apresentação, próxima semana vai ter casa lotada – disse batendo palmas e sorrindo.

— Obrigada Russo. Vamos fazer o nosso melhor – respondi com um sorriso tímido.

— Vocês tem uma química perfeita. Se não fossem amigos, eu juraria que tinham algo.

Eu olhei para Nick e ele ficou sério de repente.

— Temos apenas algo em comum, a música. Fora isso, nada.

Nick colocou o violão no suporte e desceu do palco. Eu fiz a mesma coisa depois de ter devolvido o microfone para o lugar dele.

— Encerramos por hoje. Preciso ir. Ainda tenho um trabalho da faculdade para terminar.

— Claro, eu entendo como deve ser difícil dividir seu tempo. Disse Russo.

— Relaxa, eu consigo dar conta – Nick sorriu – vamos Nanda?

— Pode ir, preciso passar em um lugar antes.

— Posso te levar.

— Você disse que precisa terminar seu trabalho. Não quero que perca mais tempo.

— Vinte minutos não vão fazer diferença.

Droga! Agora eu não tinha saída. Kadu deveria estar lá fora me esperando. Como eu iria sair dessa?

— Tenho que ir até ao centro, vai perder mais do que vinte minutos. Não se preocupe, eu pego um ônibus.

— Ainda assim, não é problema, mas se prefere ir de ônibus... – Nick deu de ombros.

Nick se despediu de Russo e Enzo e depois foi embora.

Voltei para o bar e fiquei conversando com Enzo enquanto ele conferia a chegada de mercadoria para a noite.

— Está acontecendo alguma coisa entre você e o Nick?

— Que tipo de coisa? – perguntei curiosa.

— Não sei, talvez pelo jeito que falou quando foi questionado pelo Russo sobre a sintonia de vocês.

— Está tudo bem – menti – Nick só está sobrecarregado com futebol.

— Não sabia que ele era jogador.

— É um dos astros do time da faculdade. Bem, preciso ir agora, tenho que ir.

— Vai lá. Te vejo na sexta.

— Com certeza.

Despedi-me e fui para o estacionamento. Kadu estava encostado na porta de saída e quase me choquei com ele quando saí.

— Você fiou maluco, Kadu? Alguém pode te ver – falei puxando seu braço e levando- o para longe – o que pensa que está fazendo?

— Calma aê – falou rindo enquanto se libertava do meu toque – se esse alguém for o Nick, pode ficar tranquila, eu estava no carro quando ele foi embora.

— Não quero correr o risco de ele pegar a gente juntos. Precisamos preparar o caminho primeiro.

— Você se preocupa demais com meu irmão. Ele não um cristal frágil, Nanda. Perdas todo mundo sofre.

Tinha Que Ser Você 1Onde histórias criam vida. Descubra agora