A decisão de Belinda

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Talvez seja verdade que eu não posso viver sem você

(Two is better than one – Boys like Girls)

Acordei antes do Nick e fui para a cozinha preparar nosso café. Demorei um pouco a encontrar os potes com os ingredientes, mas quando ele chegou à cozinha, já estava tudo pronto.

— Que cheiro gostoso de café. Por que não me acordou para te ajudar? – perguntou vindo ao meu encontro e me beijando.

— Queria retribuir o jantar de ontem.

— Dormiu bem?

— Como uma pedra – eu ri – e você?

— Demorei um pouco.

— Sem sono?

— Para ser sincero, foi bem difícil dormir sabendo que você estava no quarto ao lado – disse Nick colocando suas mãos na minha cintura e me beijando novamente.

Passei meus braços em volta do seu pescoço e o puxei para mais perto. Quando senti que o clima estava esquentando, eu me afastei.

— Vou montar a mesa – falei indo para a sala de jantar.

— Eu te ajudo – disse Nick me seguindo.

*****

Voltamos para casa logo depois do almoço. Nick quis me levar em casa, mas achei melhor não. Ele queria aproveitar e conversar logo com minha mãe. Conhecendo minha ela, iria dar uma de detetive e iria investigar toda a vida de Nick. Minha mãe é super legal, mas quando se trata de namoro, ela é igual ou pior do que as outras mães.

Esperei o carro de Nick sair para depois seguir para minha casa. Minha mãe deveria estar terminando de retirar o almoço. Domingo era dia do seu prato preferido, feijoada. Só de pensar, fiquei logo com água na boca.

Rodrigo estava na sala vendo um programa qualquer de esporte, nem olhou para a porta para ver quem era. Fui até ele e dei um beijo na sua testa.

— Ei, obrigada pela recepção – falei ficando na sua frente.

— Nanda, sai da frente. Você não é transparente.

— Poxa, pensei que uma semana longe, ganharia pelo menos um abraço... Mas nem isso. – Fiz voz de choro.

Rodrigo parou de tentar ver o programa e olhou para meu rosto.

— Por que não veio para casa ontem?

— Eu estava ocupada.

— Ocupada com o quê?

— Coisa de gente grande – falei indo para a cozinha.

— E eu sou o quê? – perguntou vindo atrás de mim.

— Você é um aborrecente.

— Eu sou pré-adolescente... E em poucos anos serei adulto.

— Ainda falta muito tempo para isso... Uns dez anos... No mínimo – falei rindo

— Filha, você chegou. Já estava ficando preocupada – disse minha mãe quando entrei na cozinha.

— Oi mãe. Senti saudades – falei indo lhe abraçar – a senhora já retirou o almoço?

— Quase. Roupa nova?

Minha mãe não deixava passar nada.

— É. Eu fiz umas comprinhas. Mãe, será que podemos conversar mais tarde?

— Claro. Aconteceu alguma coisa?

— Sim, mas não é nada sério.

— Posso participar da conversa também? – perguntou meu irmão sentando-se à mesa.

Tinha Que Ser Você 1Onde histórias criam vida. Descubra agora