𝕍𝕀𝕀

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Sofia arquea as sobrancelhas e Rafael abaixa a cabeça, confuso com o que tinha acontecido. Ele tinha tomado a coragem de tentar beijá-la, apesar de muito provavelmente ser por conta do álcool que rolava solto em suas veias, mas de qualquer forma, era algo que queria. Mas será que teria de fato ido pra frente? Ela retribuiria?

A garota abre a porta, dando de cara com Gabi e um moreno estranho catando um vaso de planta que deviam ter derrubado no corredor.

-O que tá rolando aqui? -Sofia pergunta, segurando a risada ao ver o estado da amiga e a cara de desespero do desconhecido.

-Nada, só caiu aqui do nada, o vaso só fez puf, caiu. -Gabi se enrola nas palavras, rindo, e quase deixa o vaso cair de novo.

Sofia puxou a amiga para dentro, dispensou o desconhecido e ajeitou o vaso no lugar certo. Ajudou a companheira de apartamento a trocar de roupa e deitar. Assim que a amiga fechou os olhos e dormiu profundamente, Sofia fechou a porta do quarto dela e se sentou no sofá da sala soltando um longo suspiro.

-Desculpa por essa situação toda. -A garota diz, fazendo uma careta.

-Não tem problema, acontece. -Rafael dá um sorriso sem graça e passa a mão pela nuca.

-Quer continuar assistindo o desenho? -Ela pergunta, apontando para a tv com o controle.

-Acho que é melhor eu ir embora. -Ele diz se levantando.

-Espera. -Sofia segura a mão do menino e se levanta também, ficando em frente à ele. -A gente pode... Você quer sair amanhã? Só eu e você. -Ela continua, lentamente, tentando processar o que estava falando ou o que seu impulso tentava fazer.

Rafael esperou alguns segundos para responder, ele encarava a menina de cabelos pretos como se fosse um diamante. Não acreditava que ela estava o chamando para sair, só os dois. Talvez como amigos, mas isto não importava, era um grande passo.

-Claro. -Ele responde finalmente, fazendo Sofia sorrir aliviada e soltar a mão do garoto com vergonha.

Ela passa uma mecha de seu cabelo por trás de sua orelha e ele sorri, olhando para baixo. Os dois andam até a porta e se despedem com um abraço rápido. Sofia observa o garoto entrar no elevador e fecha a porta, encostando seu corpo na mesma e balançando a cabeça com vergonha. Não entendia como teve a coragem de chamar Rafael pra sair, nem o que fariam, ou para onde, ou que horas.

Enquanto isto, o garoto comemorava por dentro. Não sabia se tinha uma chance com ela romanticamente, e tinha a certeza que não conseguiria contar seus sentimentos tão rápido, mas pelo menos ia sair com ela. Só os dois. Sozinhos. Um misto de desespero e ansiedade tomou conta de seu corpo. Passou o resto da noite acordado pensando em como reagir quando visse Sofia no dia seguinte.

E tinha uma questão em comum entre os dois, que martelava o pensamento de ambos. Eles teriam se beijado se não fossem interrompidos pelo barulho de Gabi no corredor?

 Eles teriam se beijado se não fossem interrompidos pelo barulho de Gabi no corredor?

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