Meu celular tocou quatro vezes antes de eu perder a paciência e atender quem quer que fosse.
-Alô? -Respondi com um pouco de raiva na voz.
-Caralho, mas só sabe dormir nessa porra? Vai se arrumar logo, to passando aí em dez minutos. -Escuto a voz de Calango no outro lado da linha e uma gritaria de fundo.
-Que? Como assim? -Levanto confusa e ando até o banheiro, dando uma olhada no espelho.
-SE ARRUMA. -Escutei ele gritar e assim a ligação caiu. Eu fui arrumar as amizades mais malucas do mundo, que Deus me ajude.
Escovei meus dentes e coloquei uma playlist calma pra tocar no Spotify. Tomei um banho rápido e morno, sem lavar os cabelos. Passei um creme hidratante no rosto, protetor solar, um pouco de corretivo pra disfarçar meus olhos inchados do choro de ontem e o pouco de olheira que tinha, um toque de blush pra dar uma cor e rímel.
Saí do banheiro ainda enrolada na toalha, vendo uma Gabi apressada correndo de um lado pro outro na sala.
-Você viu a chapinha? -Ela pergunta quando me vê.
-Tá no meu quarto, vou pegar. -Dou de ombros e ela respira mais calma. Entrego a chapinha pra ela, que volta em disparada pro seu quarto.
Tirei um short jeans de cintura alta azul claro do armário e um cropped de manga curta azul escuro com flores e borboletas estampadas. Vesti tudo e amarrei uma blusa de frio amarela na cintura. Coloquei o tênis que comprei quando fui no shopping com Mount e penteei meus cabelos, fazendo duas pequenas tranças com as laterais e as prendendo atrás com um prendedor preto.
Passei o desodorante, um pouco de perfume, e coloquei meu celular e um pouco de dinheiro no bolso de trás do short. A campainha tocou e eu vi Gabi indo atender, coloquei um chiclete de menta na boca e saímos do apartamento com Calango, que tinha vindo nos buscar.
Eu não fazia ideia de onde a gente ia, nem quem estaria lá, mas nem mesmo perguntei já que estava cansada e ainda triste. Não consegui conversar tanto durante o caminho, mas dei algumas risadas com a palhaçada de Calango e Gabi.
Assim que o carro estacionou, vi que estávamos na frente do apartamento de Mount.
-Mount e Luis vão também. -Calango fala, vendo minha feição confusa e eu apenas balanço a cabeça em afirmação.
Estava Calango no volante, Gabi no passageiro, eu, Mount e Luis no banco de trás, nessa ordem. Fiquei apenas olhando o caminho e ignorei a gritaria toda. Hoje realmente não estava muito no clima pra nada.
-CHEGAMOS. -Calango grita, parando o carro do nada.
Tudo bem, eu acordei bem tarde. Eram 14:30 quando levantei da cama, e deviam ser quase 15:00 quando saímos do meu apê. Até chegar aqui, no trânsito de São Paulo, e ainda tendo passado no Mount, que fica um tanto longe, passou mais de uma hora com certeza. O lugar era bem grande e eu já tinha vindo aqui antes, uma vez, com Gabi. Posso dizer que é um bar, que tem uma parte bem escura que é a balada "perfeita pra quando se quer pegar alguém" como já ouvi descreverem antes. Vai ser um longo dia, aparentemente.
🌹do nada o calango maluco
🌹eh gente, lá vem, to avisando
🌹votem e comentem ❤️
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𝕀 𝕙𝕒𝕥𝕖 𝕝𝕠𝕧𝕚𝕟𝕘 𝕪𝕠𝕦 // ℂ𝕖𝕝𝕝𝕓𝕚𝕥
Fiksi PenggemarOnde Sofia Mendes e Rafael Lange não se davam tão bem ou Onde Cellbit é secretamente apaixonado por Sofia e tem medo de revelar seus sentimentos