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-Finalmente. -A voz de Rafael ecoa pelo corredor do prédio.
-O uber demorou chegar, desculpa. -Sofia responde, com um sorriso.
Ao ver Rafael ali em sua frente, todos os momentos que passaram juntos surgiram em sua mente, e foram cortados pelas memórias da noite anterior. A confusão tomou conta, novamente, da cabeça da garota e ela já não fazia ideia de como falar com Cellbit sobre, o que ela julgou ser necessário.
-Lobinho tá lá no quarto. -Ele diz, já que era sempre a primeira coisa que a garota procurava.
-Certo. A gente precisa conversar, Rafa. Conversar sério. -Sofia se senta no sofá, e sente um ponto de tristeza e culpa surgir ao ver o sorriso de Cellbit se desfazendo.
-Pode falar. -O loiro se ajeita no sofá.
Um silêncio reinou pelo ambiente por alguns segundos, que pareceram horas, mas Sofia respirou fundo e procurou sua coragem.
-O que nós somos, Rafael? -Foi a primeira coisa que saiu.
Cellbit demora um tempo para responder, procurando as palavras certas, mas não sabia direito também o que os dois eram.
-Eu não sei, mas eu gostaria que a gente pudesse ficar sério. O que você quer ser?
Mais um silêncio. Eles ainda não eram sérios na perspectiva dele, o que já bastou pra um pouco da culpa ir embora, e um pouco de decepção tomar conta. Afinal, Sofia queria ou não que eles tivessem algo sério? E Mount? Seus sentimentos estavam embaralhados, e algumas lágrimas saíram de seus olhos sem que ela percebesse. Mas o loiro percebeu.
-Eu fiquei com o Mount ontem.
As palavras faziam eco na cabeça de Rafael, se repetiam diversas vezes, até que a ficha caiu.
-Você ainda gosta dele.
Silêncio. Dessa vez, ensurdecedor.
-Achei que toda essa história tinha ficado pra trás, que merda aconteceu pra vocês terem ficado? -Rafael diz, um pouco bravo, mas tentando manter a calma e não explodir, só deixaria tudo pior.
-Quando eu cheguei em casa ontem ele me ligou, disse que queria conversar e ia no meu apartamento, nem me deu tempo de responder. Então eu esperei e quando ele chegou e eu vi ele e ele se aproximou eu não consegui me controlar, meu corpo agia automaticamente. Eu sinto muito, Rafa, não queria ter que por a gente nessa situação de novo, eu tô tão confusa.
A garota desabou em lágrimas.
-Vai embora. -Rafael disse, baixo, mas o suficiente pra ela escutar. Sofia se virou pro loiro, olhando cada canto do seu rosto pra ver se ele dizia mesmo aquilo.
-Por favor, não faz isso. -Ela implora, com medo de perder o garoto de vez e não ter mais como consertar as coisas.
-Só vai, por favor. Preciso pensar, e obviamente você também.
Não era um adeus, não era um fim, mas era mais do que uma vírgula. Um tempo, sendo que não tinham algo sério, mas que definiria se a partir daí ainda poderiam ter. Sofia se levanta do sofá, ainda chorando, e sai do apartamento sem dizer nada. Ela manda uma mensagem para Calango, que morava por perto, e pergunta se podia ir pra lá. Precisava desabafar com alguém que confiasse e que ainda não soubesse de nada pra ter uma ideia do que fazer.
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