Alma Gêmea✔

Capítulo 5

Eda Yıldız

Aaaahhhh como a vida é boa. Meu trabalho anda indo bem. Minha tia está indo muito bem, também. Até o Serkan não está sendo um problema. Claro que isso também se deve ao fato da nossa trégua que fomos obrigados a fazer. Nunca vi o Engin tão zangado.  Na verdade, nunca vi o Engin zangado desde que o conheço. Mas não é para menos.

Ainda não acredito que Serkan e eu tivemos uma discussão idiota na frente de um dos mais importantes cliente da empresa. As coisas que dissemos um ao outro. Off. Eu coro de vergonha só de lembrar do quanto fomos infantis. Para nossa sorte, o cliente era bem, mas bem compreensível. E ter que ouvir sermão do meu melhor amigo como se eu fosse uma criança... isso foi demais para nós dois e decididos ser amigáveis. Pelo menos o tanto que desse.

Mesmo assim, a vida anda boa.

Aproveito meu tempo de descanso e pego minha dose obrigatório de cafeína. Minha cabeça tá explodindo por eu não ter tomando mais cedo.

- Eda?

Me viro ao som da voz do Efe. Nem sabia que ele já tinha voltado da Itália.

- Efe? Oi. Pensei que passaria mais tempo longe.

- Eu também, mas resolvi tudo mais cedo e voltei o quanto antes. Espero que não tenha tido problemas durante minha ausência.

Eu só quero rir, mas mantenho a máscara imparcial e lhe dou um singelo sorriso.

- Não. Nenhum problema. Conseguimos finalmente colocar os projetos em dias e a equipe já se estabeleceu.

- Que bom, mas não estava perguntando sobre problemas no trabalho?

- Oh!

É a única reação que tenho. Efe e eu nunca conversamos sobre coisas não relacionada ao trabalho. Isso é estranho.

- Se você refere ao Serkan bey, tudo está ótimo. Sinto muito que você tenha presenciado aquela cena. Só foi um choque para mim vê-lo. Nada mais.

Desconverso e ele percebe. Eu não falava sobre minha vida pessoal antes e não é agora que vou começar.

- Entendo. Então, se você estiver livre hoje a noite, perdíamos repassar as coisas que eu perdi. Tem um ótimo restaurante aqui perto...

E Efe é interrompido por um Serkan escandaloso.

- Mas que diabos você está fazendo?

Ele pergunta olhando diretamente pra mim.

- O que? Estou tomando café. Por que? Não pode mais?

- Não estou falando disso, maluca. - Ele revira os olhos. Aí como eu odeio quando ele faz isso. - Estou falando da reunião que estamos 10 minuto atrasados.

Olho para o relógio e percebo que perdi a hora. Droga. Isso que dá não tomar sua droga matinal, Eda.

- Droga, foi mal. Me perdi na revisão do projeto do parque.

- Uhum, sei.

- Uhum, sei, o que Serkan? Você está tentando dizer que fiz de propósito? - Ah, não Eda, claro que não. Ele não ousaria.

- Ei, não disse nada. Você quem disse isso. E anda logo. Do jeito que você é a pessoa mais prática do mundo quando se trata de sair, é capaz de chegarmos lá de manhã.

Ele ri e vem na minha direção e pega a xícara de café. Eu olho enquanto o meu bebê é derramado na pia pelo pior ser humano do mundo. Aqui jaz o meu café e Serkan Bolat. Eu tento me acalmar e não fazer outra cena na frente do Efe. Mas parece que ele é quem vai fazer algo.