Capítulo 27

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Capítulo não revisado
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Serkan Bolat

- E então, como estamos hoje?

- Estamos bem, doutor.

- Não estamos nada.

Advinhem quais das falas é a minha? Isso mesmo, a última.

Mas Serkan, porque não está tudo bem? Você tem finalmente a mulher que ama ao seu lado. Sua empresa vai muito bem. Você conseguiu se livrar daquele encosto do Efe - VITÓRIA - e ainda vai ter um belo bebê. Então qual o problema?

EU DIGO A VOCÊS O MEU PROBLEMA.

O meu problema se chama Eda Yildiz Bolat. Sim, estamos casados. Yaaaaaay. Fizemos uma pequena cerimônia no mês passado só para oficilizar as coisas. Depois que o bebê nascer é que nos preocuparemos em fazer uma festa. Ou não, né. Depende mais se Eda ira querer do que de mim. Mas esse não era o foco, droga. O ponto aqui é o fato de eu estar a ponto de matar essa pessoa que chamo de esposa.

Eda finalmente chegou ao ultimo trimestre de gestação. Foram meses dificeis os primeiros, com o medo de acordar e algo de ruim ter acontecido sempre nos assombrando.

E quando Eda teve um pequeno sangramento la pelo quinto mês? Eda ficou tão em choque sem saber o que fazer. Do jeito que ela estava na cama quando percebeu o sangramento, ela ficou. Estática. Já eu consegui me mexer, pela graça divina, e carrega-la ate o carro para leva-la ao hospital. Mas depois que a entreguei nas mãos dos médicos, eu me senti dopado. Me senti impotente por não poder ter feito nada e um péssimo pai. Um péssimo marido. Um inútil. Mesmo eu sabendo que aquela situação não era algo que pudesse ser controlada.

Quando o médico me chamou para conversar sobre Eda eu quase morri esperando pelo pior

- Senhor Serkan, não aconteceu nada com o seu bebê. Está tudo bem. Eu so vim dizer que o sangramento é normal em alguns casos, mas que está tudo bem. Eda só precisará de bastante repouso por um tempo.

Eu nunca me senti tão aliviado em toda a minha vida. Eda estava tão feliz com a gravidez. Se algo acontecesse a aquela altura da gestação... Não sei o que aconteceria com ela. E então, ela acordou e eu a tranquilizei quando a vi quase ter um ataque de pânico.

- Amor, vocês estão bem. O bebê está bem. Tudo está bem.

Repeti isso até ela conseguir processar e se acalmar e então fomos para casa, eu a deitei na cama e expliquei como as coisas seriam. E eu pensei: Nossa, isso vai ser moleza. Quem não quer ficar sendo paparicado o dia todo, não é mesmo?

ERRADO!

Eda só obedeceu ao medico nos primeiros cinco dias. Ficou de repouso absoluto. Praticamente não se mexia, só quando precisava ir ao banheiro. Até para dormir, ela ficava o mais imóvel possível. Mas Eda é como uma força da natureza. Nada consegue para-la e logo me vi tendo que ser babá dela 24 horas por dia já que a louca insistia em andar de um lado para o outro. Subir e descer escadas. PASSEAR COM OS CACHORROS. MEU DEUS!

Ainda lembro que a deixei sozinha por 20 minutos e quando voltei, Eda estava na rua com os cachorros. Sorte que Sírius é calmo e não sai puxando você quando está passeando. Mas eu fiquei tão irado naquele dia com ela e pela imprudência dela que até dormir no outro quarto eu fui.

Mas então as semanas foram passando. Voltamos ao médico e ele disse que Eda já conseguiria fazer um pouco de esforço. Não muito. Mas caminhar pela casa. Ficar um pouco fora da cama. E aí, chegou o 7 mês. O mês da minha perdição. O mês que Eda teve como desejo o meu corpo.

Alma Gêmea✔Onde histórias criam vida. Descubra agora