Capítulo 7

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Eda Yıldız

- Foi você quem fez isso, não foi? Tava louca pra ficar pertinho de mim. Confessa.

Estou a meia hora tendo que ouvir isso. Meu deus do céu, eu vou esfolar o Engin. Já não bastasse eu ter vindo pra cá, ainda tenho que dividir o mesmo quarto que esse imbecil que está jogado na cama com um sorriso de vitória no rosto. GRRRRR.

- Eu não fiz nada, Serkan. Se quer culpar alguém, culpe seu amiguinho. Tenho certeza que ele quem fez isso.

- Uhum, sei.

Bufo e continuo focando no meu tablet para terminar de organizar minha estadia aqui. Há tanta coisa pra fazer para pouco tempo e pouca paciência.

- Você está muito estressada, Eda. Deveria tomar uma dose para se acalmar.

Ridículo!

- Ah, enquanto você fica aí se remoendo, eu vou tirar um cochilo. Tô quebrado.

- Opa! Espera aí. Quem disse que a cama é sua? Negativo. Vamos resolver isso agora.

- Off, Eda. Essa cama é enorme. Não é como se você nunca tivesse dividido a cama comigo. E nem falo do jeito bom.

Safado. Olho para esse cínico tentando entender o que ele tá querendo sugerir.

- E de que jeito você quer dizer, Serkan?

- Digo de quando você inventava suas brigas malucas e fazia uma divisão na cama com os travesseiros. Vamos fazer o mesmo agora. Cada um do seu lado e tudo fica certo. Sei que pode ser difícil ficar longe de mim, mas...

Jogo uma almofada nele pela audácia e o cretino ri. Mas até que a ideia não é ruim. Mas claro que não vou confessar isso a ele.

- E por que você não dorme no sofá?

- Porque faz mal para as minhas costas. E eu não vou abrir mão desse conforto todo.

- Ah sim, você está certo. Não é bom para uma pessoa de idade como você dormir no sofá.

Digo e vejo ele retorcer a cara. Ele se vinga jogando um travesseiro em mim e é minha vez de rir da cara dele. Toquei na ferida.

- Acho melhor retirar o que disse. E nunca mais diga que estou velho. Estou na flor da idade ainda.

Eu não aguento e morro de rir. Flor da idade?? Minha nossa.

- Essa sua fala só prova o quanto você ja tá um ancião. Quem fala na flor da idade???

Continuo rindo e até desligo o tablet porque não consigo mais trabalhar. A cara dele é impagável e só me faz rir ainda mais. Olho para ele e ele está com uma cara esquisita olhando para mim.

- O que foi?

- Eda, não se mexe. Tem algo no seu cabelo. - Ele fala, saindo da cama devagar e começo a ficar nervosa.

- O que?

- Calma. Não se mexe que eu vou tirar.

Ele se aproxima de mim e tento ficar quieta para que o que quer que seja. Serkan vem devagar e fecho os olhos.

- Isso. Fica bem quietinha se não eu perco o fio branco na sua cabeça

Mas que filho da... GRRR. Cretino. CRETINO! Pego o travesseiro e começo a bater nele. Esse idiota. Eu não tenho cabelo branco. Imbecil. GRRRRR. Serkan começa a correr pelo quarto e vou atrás dele. Ele me paga. Bato nele com toda minha furia e o idiota continua rindo. Ele pega um travesseiro também e eu paro.

- Isso não é justo. Olha o seu tamanho para o meu. Uma lapada sua e eu caio morta no chão.

- Então eu vou ter que apanhar e aceitar, é?

Alma Gêmea✔Onde histórias criam vida. Descubra agora