Capítulo 6

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Serkan Bolat

Eu preciso me afastar dela o quanto antes. Não. Não dá. Assim não dá. Ela me deixa confuso de um jeito que me deixa sem controle sobre mim mesmo. Nop. Preciso me afastar. Sei lá, brigar com ela. Chamar ela de maluca geralmente da certo. Posso começar a implicar com os desenhos dela de propósito só para ela evitar vir até mim. É, pode ser. Ou posso me trancar em um armário bem pequeno. Ela nunca iria lá. Bingo!

- O que diabos você tá pensando?

- Que droga, Engin.

Me assusto com meu amigo que escolheu a pior hora para vir até aqui.

- Alguma coisa aconteceu. Da para ver pela sua cara toda retorcida e mal humorada. O que foi? Problemas no paraíso?

- Off, Engin. Que paraíso? Que paraíso? Esta mais para inferno pessoal. E tenho o próprio demônio ao meu lado. E olha aqui, nem pense em ir contar a ela o que conversamos, entendeu? Não interessa o quanto vocês sejam amigos, sua lealdade é a mim e somente a mim, entendeu?

- Sim senhor. Entendido. Mas me conta. O que aconteceu?

Nem eu sei o que aconteceu. Em um instante estamos bem. Convivendo em harmonia e paz e no outro eu fico possesso ao ouvir seu chefe a chamar para jantar. Não só isso. Ainda tive que ouvir Efe falar do quanto a Eda é incrível enaitno conversava com a Leyla. O jeito como ele falava dela. A admiração. Minha vontade era de botar as mãos no pescoço dele e torcer. Droga! Isso não deveria ser assim. Eda e eu terminamos nosso casamento há 5 anos. 5 fucking anos. Isso é tempo demais para ainda ficar sentido de ciúmes.

- Serkan? O que foi? Você ficou calado de repente.

- Não é nada, Engin. Só estou... eu não sei nem o que estou fazendo mais. Quando foi que perdi o controle da minha vida, Engin? Quando? Quando foi que me troco um adolescente implicante que fica provocando a raiva da ex só porque é divertido? Isso não tem cabimento.

- Eu te entendo, Serkan. Você trancou qualquer sentimento que tivesse por ela quando se divorciaram. Usou o trabalho como escape e deu certo por um tempo. Mas talvez esteja na hora de você admitir a verdade. Que você ainda a ama.

Meu coração acelera com suas palavras. Não. Isso não. Eda eu eu tentamos. Nós nos casamos, droga, e não deu certo. Não tem porque insistir mais nisso. Seja o que for que eu esteja sentido, se deve ao fato dela ter voltado tão de repente para minha vida. Nada mais

- Eu não quer mais falar sobre isso. Tenho trabalho a fazer.

☆☆☆

- DE JEITO NENHUM

- DE JEITO NENHUM

Eda e eu falamos ao mesmo tempo para a sugestão idiota do Engin. A pior que ele poderia ter na vida. Quando a notícia de que Emre bey queria que visitassemos um dos resorts fora da cidade, estava pensando em mandar Piril ou até mesmo a Susan. Tenho tanta coisa para resolver para ficar fazendo viagens. Mesmo as curtas. Quando Engin jogou a notícia na reunião de que Emre bey queria que tanto eu quanto Eda fossemos, a história já ficou bem diferente. Passar dois dias com essa louca, sem nenhuma pessoa para me socorrer? Jamais. Eu posso ser lerdo, mas não sou burro.

- Ah, vocês dois já estão até falando igual. Isso é tão casal.

Eda joga um lápis nele. Bem feito. Deveria ter furado para aprender a não falar besteira.

- Engin, isso é um absurdo. Não há a necessidade de nós dois irmos nessa viagem, só para fazer a avaliação do resort. Eda já tem muito trabalho com o prédio daqui de Istambul. Eu mesmo ligarei para o Emre bey é explicarei que irei sozinho.

Alma Gêmea✔Onde histórias criam vida. Descubra agora