Capítulo 16

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Eda Yıldız

- E a senhora está bem agora?

O policial pergunta para mim na delegacia. Minha vontade é de revirar os olhos quando lembro de tudo, mas devo manter a máscara neutra.

- Estou ótima. Só quero saber se os senhores serão punidos como devem.

- Não se preocupe, senhora. Eles passarão a noite presos hoje para aprenderem a lição.

- Não, mudei de ideia. - Digo assim que ele termina de falar. - Pode soltar o Efe. Deixe só o Serkan preso. Ele começou a briga, ele que pague por isso.

O capitão rir e não me questiona mais.

- Eu que não queria ter uma esposa como você.

Ele diz e eu travo na cadeira.

- Quem disse que somos casados?

- Serkan disse. Não é verdade?

Eu rio, porque isso é a cara dele e só assinto. Não vale a pena desmentir isso agora.

- Obrigada, mais uma vez, por fazer o que pedi.

- Não precisa agradecer. É uma noite calma hoje e essas coisas me divertem.

Eu aperto a mão dele e logo saio da sua sala. Quando vejo um dos policiais que estavam no local, eu peço para me levar ao meu idiota.

Vou até onde Serkan está e o vejo de cabeça baixa e sentado no banco da cela. Assim que escuta meus passos, ele se volta para mim e se aproxima da grade.

- Eda, você está bem? Não se machucou, certo?

Engulo em seco pelo turbilhão de emoções que me invadem pela preocupação dele. Com certeza ele lembra de quando fomos jantar anos atrás em um clube novo e houve uma briga no local. Os caras estavam fora de controle e jogando objetos por toda parte. Um prato atingiu minha cabeça. Nunca vi Serkan tão desesperado. Mas ele deveria ter pensado nisso antes de iniciar uma briga ele mesmo.

- Eu quem deveria está perguntado isso, não é? Afinal você é quem estava agindo como um troglodita mais cedo.

- Eda...

- Não! O que foi aquilo, Serkan? Qual o seu problema?

- Eu tentei falar com você o dia todo e você não me atendeu. Nem respondeu minha mensagem. Mas é claro, tinha tempo para ir em um jantar romântico com o seu chefe.

- Serkan, já chega!

- Ele armou aquilo tudo, Eda. Ele só queria um jantar a sós com você.

- Serkan!

- Pergunte no restaurante como a reserva era só para dois.

- JÁ CHEGA! - grito e bato na cela. Ele finalmente se cala e me observa.

- Você pode abrir a cela? Eu quero conversar cara a cara com ele.

Peço ao policial e ele me concede 5 minutos. Ele nos tranca na cela e sai. Quando fico face a face com ele, já me preparo para gritar e bater nele, mas não tenho tempo. Serkan me beija com urgência. Seus lábios me devoram e me levam a loucura em segundos. Ele me prensa nas barras da cela e se acomoda entre minhas pernas. Eu posso sentir o quão excitado ele está.

- Serkan...

- Odiei ver você com ele. Odiei ele ter te tocado e você ter deixado. Odiei você ter me ignorado só porque estava com ele. E eu odeio ele. Odeio. Odeio. Odeio.

Ele fala enquanto beija meu pescoço. Seus dentes mordiscando minha pele e arrancando gemidos de mim.

- Odeio saber que tem outro tão próximo de você, enquanto só posso receber migalhas. Odeio não ter você nos meus braços, Eda. Odeio não poder foder você todas as noites, todos os dias, todo o momento. Odeio que você não seja mais minha.

Alma Gêmea✔Onde histórias criam vida. Descubra agora