Capítulo 32

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ALGUM TEMPO DEPOIS

Tô trabalhando essa semana com o coração apertadinho. Já fazem três dias que a Marcela foi pra uma "missão" e como ela mesmo me disse que não ia nem levar o celular,eu também nem mando mensagem. Oro toda noite por ela. Pedi pra ela ficar e ela me disse que não podia por que era a vida dela,tudo bem,engoli seco e não tocamos no assunto novamente.

Depois daquele domingo na casa da vó dela,a gente continuo ficando. Todo dia ela vem me buscar no serviço e a gente reserva em dormir na casa dos meus avós e na casa da vó dela. Não demos nome a isso que estamos tendo,eu acho melhor por agora,ela não é uma pessoa fácil de lidar,qualquer coisa fica com a cara virada mesmo,não conversa não,acha que eu tenho bola de cristal pra adivinhar o que foi. Também é muito ciumenta,se eu demoro dois minutos pra responder ela já me liga e como sempre sabe onde eu tô,eu já falei a ela que não é pra tá hackeando meu celular,que tem que ter confiança,antes eu falar com a parede.

Na primeira vez que ela foi na casa dos meus avós,meu vô já foi chamado ela pra dentro,perguntando se queria bolo e minha vó também acolheu igual,não vou negar que gostei mas tenho ciúmes dos meus avós. Tem vezes que ela manda alguém me buscar e quando eu chego aqui a bonita tá aninhada com os meus avós,não gosto mesmo,tenho ciúmes!

Terminei meu serviço antes do horário mas como sempre a dona da casa tem algo pra reclamar e eu refazer,nem cogitei a ideia de pedir pra ir embora. Acabou que ela pediu pra eu lavar a roupa que o filho dela deixou aqui.

Deu minha hora e a o menino já me esperava,quando eu vi quem era,já fui sorrindo mesmo.

Ingra: Quanto tempo. -ele se virou e sorriu vindo me abraçar. Sorriso era um colega de festas e da escola,já curtir muito mais nova com ele,quando saímos da escola e ele seguiu o caminho dele.

Sorriso: Você sumiu,Ingra! -bagunçou meu cabelo. -Tudo bom?

Ingra:Tudo e você?-montei na moto.-Sumi nada,você que agora não sai da boca.

Sorriso: Sabe como é né.-riu. -Laçou mesmo né?

Ingra: Sabe como é né. -bati de leve no ombro dele e rimos.

Me deixou em casa e eu entrei sentindo o cheirinho gostoso de sopa,amo!

Ingra: Já tô com fome de agora. -meu vô pulou de susto.

Vô Samuel:Dá um susto desses no seu velho não,maluca.-me beijou. -Vai tomar banho que você tá com uma carinha de cansada.

Ingra: Não é só a cara não.-peguei um pedaço de carne. -Cadê a vó?

Vô Samuel: Tá lá na Rita,foficando como sempre. -rimos e eu subi.

Tomei um banho demorado,lavei o cabelo e fiquei um tempo lá pensando.  Sai de lá e botei um baby dool mesmo sem auê nenhum. Desci com a toalha na cabeça e comecei a conversar com meu vô.

Vô Samuel:Tá com saudades dela né? -se referiu a Marcela e eu rir toda sem graça. -Precisa nem responder,tá escrito na sua testa.

Ingra: Ah,Vô,para! -ri. -Tô preocupada mesmo.

Vô Samuel: Tenha fé. -deu um beijo na minha mão.

PERDIÇÃO (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora