Vocês me subestimam muito.
HACKER
Já se passava das três da tarde e nada do ódio passar.
Sentia um ódio nunca sentido,um rancor e uma mágoa sem igual.O cara some por dez anos e volta do nada?Fala sério.
Me sentia traída pela minha mãe e pela minha avó,viveram as paradas comigo e agora tão comendo caô daquele morto.Tô esperando o bem vencer o mau,viu Arlindo.
Da hora que cheguei até agora só me levantei pra tomar um banho,de resto tô aqui no ninho com a minha nega,vez ou outra entrávamos em algum assunto mas tudo muito raso,a gente se entendia pelo o olhar.
Ingra:Você quer comer alguma coisa?-neguei.-Eu faço pra você.
Hacker:Quero nada não,relaxa.
Morreu novamente o assunto e só trocamos o filme que já tinha acabado.
Ela levantou pra desligar as luzes,eu nunca vi uma garota tão medrosa que testa a fé.
Só gosta de assistir com as luzes todas apagas mas sempre grudada,não posso levantar que ela vem atrás parecendo minha sombra.
Ingra:Amor?-olhei pra ela.-Eu preciso falar.
Hacker:Hãm?
Ingra:Você não acha que deveria tentar pensar em uma solução logo?Digo isso por que vocês vão trabalhar juntos agora,né.-prendeu o cabelo.-Como vai ficar lá?
Nem tinha pensado nisso,caralho!Como vai ser agora?Cada quem no seu canto fazendo o seu.
Ingra:Cada um faz o seu e já era.-ela me olhou e mordeu o canto da boca como se dissesse "Eu não sou otaria."-Maria,o que ele fez não tem desculpa.Ele sumiu por dez anos sem nenhuma explicação possível,deixou eu e a minha mãe passando fome,comendo de favor e volta agora do nada achando que essa história que ele tava sendo ameacado vai colar,comigo não.
Ingra:Não deixa essa mágoa te consumir...-ela se ajeitou no meio das minhas pernas.-Não faz besteira.Deixa ele pra lá,viver na mentira dele.Plantio livre mas colheita obrigatória.
Demos um selinho e voltamos a assistir,ela disse que ia passar no mercado e trazer a Sofia e o Pipoca pra dormir aqui,aceitei.
Sofia me mandou muitos áudios me chamando de enrolada,perguntou se eu não amava mais ela porque eu nem levei ela pra conhecer a minha casa nova,só rindo cara.
Ingra ainda tava aqui quando começou uma gritaria lá embaixo,quando ia fazer menção de levantar Ingra me travou e foi vê na janela,olhou pra mim e eu reconheci a voz da minha mãe.
Não tenho um segundo de paz,graças ao bom!
Ingra:Vai entrar não,vai pra casa!-ela gritou pra minha mãe.
Mãe da Hacker:Tô querendo falar a minha filha,você manda agora nela é?Sou mãe dela!
Ingra:E eu sou a mulher e tô dizendo que tu não vai entrar e não vai falar com ela.-debochou e quando não usa o deboche comigo eu gosto,ri.-Vai enquanto eu tô na classe.
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PERDIÇÃO (Romance lésbico)
Fiksi PenggemarHistória da Ingra e Marcela. Leitura +18.