Capitulo 122

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INGRA

Achei que a Marcela depois dos Twitter da Carol postando fotos com a Brenda ia querer botar os pingos nos iii mas me deu enganei,ta bom.

Não nos falamos mais,acho que ela também me bloqueou já que não aparece nem mais o recado. Melhor assim pra todo mundo.

Fingir que não dói é o pior,né? Tô sendo a rainha de fazer a Katia sonsa.

Tô aqui no salão já com a roupa de banho,vou pra praia hoje,aniversário da Elisa,a menina do cílios.

De cara a gente logo se bateu,ela tem os mesmos gostos que o meu,a gente rir de tudo igual e assim vai,me perturba muito!

Elisa:Sai daí patroa...-revirei os olhos e ela riu.-Vamo logo!!

Ingra:Eu tô esperando você lindinha!-estralei a boca.-Para de me chamar de patroa,sebosa.

Elisa:Qual a graça se não for a da perturbação? Amo!-rimos.

A garota é tão arteira que a gente ia pagar uma mesa e ela disse que não,que tinha a manha e só esperou o dono das barracas vacilar pra ela se sentar e pegar a comanda da mesa vazia,me senti uma ladra.

Ingra:Oh moço chegar aqui eu digo quem foi.-ri.

Elisa:Se ele vim aqui voce distrai fingindo que quer passar protetor na bunda!-bati nela.

Muito bom estar com as meninas,ria muito de tudo,só veio a minha irmã Ciba por que a Igor não gosta da Deise,uma já ficou com o bofe da outra.

Não me meto nisso não,pelo contrário,mando elas fazerem um menage,tem melhor? Não tem!

Ciba:Ingra você tá famosa,todo mundo querendo  seu número!-me mostrou o celular e eu ri nervosa.-Já preparou o mega? Vai precisar.

Ingra:Apaga isso garota!!-bati na Elisa.-Eu sou casada,tá? Minha mulher vai te matar!-comecamos a gargalhar.-Vai vendo.

Elisa:Sério...-gargalhou.-Eu não sei como que alguém te leva a sério.

Inventamos de beber por dose,a cara do problema né? E foi isso que deu,muita merda!

Começamos a falar sobre tudo,riamos mais que tudo,única que não bebeu foi Ciba e eu entendo,tá querendo manter a linha dela.

Meu celular tocando adoidado com número desconhecido,não ia atender mas lembrei dos meus avós.

LIGAÇÃO ON 📲

+219879...:Alô? Ingra?
🌟:Oi,é ela.
+219878:Dentinho tá te chamando na favela...-parou de falar.-Teve uma invasão inesperada na favela,teve trocação de tudo e muita morte...-eu gelei.-Tão chamando você pra reconhecer o corpo.
🌟:Eu tô indo.-única coisa que eu consegui falar.

LIGAÇÃO OFF 📲

Desliguei o celular chorando e as meninas perguntando o que foi,se algo teve e eu não conseguia nem raciocinar.

Ciba:Fala o que teve!-me travou na cadeira.

Ingra:Me solta Ciba,me solta!-falei alto.-Eu tô indo lá na favela,vê se a Marcela tá morta,me solta!

Ciba:Você não tá em condições de nada..-levantei da cadeira.-Ingra,se acalma.

Ingra:Ciba por favor me deixa sair,eu tô bem.

Me despedi das meninas e vim no uber trocando de roupa,o moço até os meus peito viu.

Não conseguia parar de tremer e chorar,meu deus o que eu ia fazer da minha vida agora?

Me sentia culpada por não estar com ela,me sentia culpada pelo meu erro de não sentar e conversar,eu mereço isso?

Ingra:Moço tem como andar mais rápido não?-ele negou.-Meu Deus.

Demorou mais de quarenta minutos até ele me deixar na entrada da favela e o dentinho já me esperava.

Não falamos nada o caminho todo e quando eu cheguei não tive coragem de ir de primeira conhecer o corpo.

Tinha muita gente em volta chorando e perguntando por algum familiar,as lágrimas caiam dos meus olhos sem esforço.Com muito medo eu me aproximei e levantei o lençol,quando olhei o rosto não era,não era a minha Marcela.

Eu passei os olhos pelos traços,sei lá,podia ser que eu estava tão nervosa que não tava nem reconhecendo mas era impossível,se ela tiver de cabeça pra baixo eu conheço.

Por um lado aliviada mas por outro ainda mais triste,onde ela tá?

Ingra:Não é ela...-enxerguei as lágrimas.

Dentinho:Ainda bem!-respirou aliviado.-Não chora não po,vamo lá na casa dela.-assenti.

Entramos lá e não tinha ninguém.Comecei a pensar um milhão de coisas ruins,um medo,uma angústia absurda.

Toda hora alguém vem no portão me pedindo pra reconhecer corpo e não era ela,nunca era,me deixava ainda mais desesperada.

Já estava no meu décimo copo de água com açúcar,não tinha nem mais lágrimas.Eu não conseguia parar de tremer,minhas pernas e mãos tinham vida própria.

Eu liguei pra Ciba pra ela avisar aos meus avós e aí meu irmão que eu não ia trabalhar amanhã, e ela me perguntou se já tinham encontrado ela e eu disse que não,conversamos e ela me acalentando.

A mãe dela acabou de chegar fazendo escândalo,me olhou torto e voltou a berrar e ainda veio com a Carol,essa mona casada e querendo dar uma de doida?

Mãe da Hacker:Ta fazendo o que aqui?-olhei sem entender pra ela.-A culpa dela estar desaparecida é sua!

Ingra:Minha?

Mãe da Hacker:Claro que sim!-falou alto e todo mundo que tava na casa olhou.-Se envolve com qualquer uma e joga sujo com ela,fez a cabeça dela contra a própria família.-meti maior olhão.-Se hoje ela estiver morta a culpa é sua.

Larissa falou baixinho que não era,que ela tava errada mas eu não consegui ficar calada.

Ingra:Culpa minha ou sua?-ri sem ânimo.-Culpa sua que deixou a sua própria filha tomar decisões de adulta porque você estava ocupada demais procurando gente morta!-levantei.-Mete o pé daqui.

Mãe da Hacker:Fala direito comigo,eu sou a mãe dela e fico onde eu quiser na casa dela.

Ingra:E eu sou a mulher e tô dizendo que você vai embora.-chamei o dentinho.-Leva ela por favor!

Ela gritou a beça,me chamou de tudo menos de Santa,escutei até que eu tinha mandado matar ela.

Resolvi vim nas delegacias e hospitais.Bati os quatro canto desse Rio de Janeiro e nada da Marcela.Por outro lado os policiais debochavam de mim,me chamando de marmita e que se ela tivesse também não ia dizer.

Sabe quando você percebe que está sozinha? Não tem ninguém? Eu estou assim.Se eu ficar sem ela acho que não consigo superar,não tem como.Eu amo tanto que chega a doer.

Voltei pra casa dela já se passava das quatro da manhã e nada dela,fui em uma casa onde tinha mais de dez corpos e nenhum era o dela.

Não tinha mais ninguém na casa,não tinha mais ninguém me chamando pra ver os corpos e nem nada,eu agora estou presa na minha mente.

No Twitter era muito parente de traficante pedindo ajuda pra encontrar os corpos,o que ainda mais me deixava triste com um aperto no coração.

Entrei no quarto pra sentir o cheirinho dela,estava tudo bagunçando como sempre e eu ri em meio as lágrimas.

Ingra:Por favor volta....-molhei uma blusa dela com as lágrimas.

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Minha querida Hacker...🙁

PERDIÇÃO (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora