Like A Brothers || ZhuiLingYi

⃕ ◌۠»31: tired

Sizhui tentou acordar Rulan diversas vezes naquela manhã, mas o mais novo não queria mesmo se levantar para se arrumar, para ir a escola.

O Wen estava pronto e provavelmente estavam uns cinco minutos atrasados do horário normal, porque ele ainda tentava fazer Jin se levantar da cama.

– Vamos, A-Ling... – murmurou. – Até Jingyi já foi trabalhar e os pais também! Precisamos ir... – chamou o irmão talvez pela trigésima vez ali.

– Eu não quero ir... – sussurrou se enfiando embaixo das cobertas.

– O pai Wangji vai ficar bravo se faltar assim. – formou um beicinho nos lábios, se cansando de chamar o mais novo, assim se sentando na cama dele.

– Por favor, A-Yuan... Eu não quero ir... – pediu ainda em um sussurro, foi aí que Sizhui percebeu que o mais novo estava prestes a chorar.

Ele estava chorando, porque não queria ir para a escola?

– A-Ling, você vai chorar? – perguntou puxando a coberta para baixo e logo o mais novo escondeu o rosto com as mãos.

– Desculpa... – disse com a voz trêmula, por já estar chorando.

O coração do Wen apertou ao ver aquela cena. Estava clara a dor na voz do mais novo, e aquilo lhe machucava também.

– Por que tá pedindo desculpas?

– Eu não sei... – tentou secar as lágrimas, mas elas ainda escorriam de seus olhos. – Eu não aguento mais, A-Yuan, por favor... – pediu começando a soluçar, puxando novamente o cobertor para seu rosto. Não queria chorar na frente do irmão.

Ling estava muito cansado, seu corpo não aguentaria levantar naquele dia, sua mente estava cheia e sua própria cabeça o torturava com pensamentos, lembranças e pesadelos. Não aguentava mais segurar, estava desistindo e não queria.

Sizhui não tinha ideia do que fazer, mas também se não fizesse, começaria a chorar junto com o mais novo. A única coisa que ele conseguiu pensar, foi pegar seu celular e ligar para Jingyi. O irmão tinha acabado de sair, então ainda devia estar perto de casa.

– A-Yuan? Que foi?

– Vem pra casa... – pediu mantendo a calma e o Lan não hesitou, mudando a rota em que estava indo. Sizhui não ligaria assim por nada, então era algo importante.

Logo que Yuan desligou a ligação, ele deitou na cama, se colocando debaixo das cobertas e abraçando Ling, que assim se acomodou nos braços do mais velho, aos poucos parando de chorar.

– Eu não queria ser fraco. Me desculpa, gege... – pediu em tom baixo.

– Não, não peça desculpas por isso. Você está longe de ser fraco, A-Ling. – respondeu acariciando os fios do menor. – Não vamos pra aula hoje, tá tudo bem, ok?

Momentos depois, o Lan chegou na porta do quarto, um pouco ofegante por talvez ter entrado correndo em casa. Assim viu a cena dos dois ali, seguindo naquela direção com o semblante preocupado.

– O que houve? – perguntou ao se sentar na ponta da cama e acariciar o braço relativamente magro de Ling.

– Eu não sei. – Yuan respondeu, sem saber o que dizer, afinal aquilo foi de repente.

– Eu só tô cansado. – o próprio Jin respondeu, segurando a mão de Jingyi, como conseguia. – E com dor de cabeça.

O Lan, sem dizer nada, levou a mão livre para o rosto do menor, medindo a temperatura, notando que estava queimando.

– Você não tá com calor, A-Ling?

– Eu tô com frio. – disse negando.

– Melhor irmos ao médico. – concluiu, mas novamente o mais novo negou.