Persephone

Vale das Memórias

1K MEUS AMORES, NÓS BATEMOS 1K.... o primeiro de muitos.... eu não tenho como agradecer a vocês por todo o apoio, o carinho.... isso me mostra que estou indo pelo caminho certo e que devo de continuar assim. Somos uma linda galáxia de 1k, espero que em breve tenhamos mais constelações para admirar.

Sem mais enrolação, capítulo novinho para vocês e aguardem pois nessa semana mesmo sairá outro. Perdoem-me caso haja algum erro ortográfico, não esqueçam de dar estrelinha e comentar. Novamente obrigada pelo 1k. Nos vemos no próximo capítulo, beijos e borboletas🦋💙

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Sem comida, sem água, sem descansar, a deusa seguia seus instintos os quais pareciam leva-la a um sem-fim de lugares, menos o desejado.

Parando um pouco, buscou algo que pudesse ter relação com as palavras de seu Marido, porém nada viu.

Após mais duras horas de exploração, acaba por encontrar um caminho aparentemente esquecido, um velho labirinto morto.

— Minótavros lavýrinthos. -leu em uma placa próxima do que aparentava ser a entrada.

Confusa e cansada demais para questionar, adentrou o local escuro tendo como única luz sua estrela preferida, Louloúdi, a estrela mais brilhante da constelação de Escorpião.

Já dentro, pôde notar de início ser um simples labirinto com várias entradas e saídas, mas após adentra-lo mais um pouco, pôde ver a folhagem dando lugar a enormes vidros que transmitiam imagens aleatórias porém divinas.

Estranhando buscou por uma saída entretanto era tarde, havia se perdido.

Desesperada ela correu, não aguentava mais ver plantas, ouvir vozes. Queria um minuto de paz, o que não condizia com sua real realidade.

— Chega por favor.... estou cansada somente me deixem ir, prometo não voltar mais.... eu respeito muito os espíritos viajantes e não quero incomoda-los, só me deixe ir.... por favor. -dizia enquanto lágrimas se formavam em seus belos olhos agora em tons azulados.

Mesmo a visão embasada, não deixou de notar uma grandiosa estátua de bronze a sua direita. Era uma bela mulher de cabelos negros com vestes em tons mortos, e abaixo de seus pés uma legenda:

Mnemosine, Titánas ton Anamníseon.

Mesmo assustada com tudo o que via e ouvia, após ler esta pequena placa, reconheceu o nome e lembrou-se da histórias que sua mãe contava sobre as consequências das mentiras, do que acontecia com as crianças desobedientes e malvadas, a lenda do Minotauro.

"— O Rei Minos e sua esposa Pasífae eram os governantes da bela ilha de Creta, mas para obter o poder absoluto e passar sobre os irmãos, rogou a seu Tio Poseidon que lhe dera o trono. Seu Tio concordou porém pediu em troca que sacrificassem um belo touro albino, o gado mais belo que o Rei tinha, entretanto, sua beleza era tamanha que o Rei não permitiu que o sacrificassem, indo outro em seu lugar. Poseidon enfurecido com tamanha blasfêmia, uniu-se a seu Padrinho Afrodite, e fez a jovem Pasífae apaixonar-se pelo touro, até mesmo fôra construído uma vaca de madeira para que os atos libidinosos se concretizassem. Desta pavorosa união nasceu Minotauro, um ser com tronco humano e cabeça e pés de touro. -contava enquanto fazia acariciava uma bela tulipa.

— Ele era mau, Mamãe? -questiona curiosa.

— Feroz, se alimentava de crianças desobedientes. -fazia gestos para assusta-la.

— Prometo nunca mais sair pelo Vale sem falar com a Senhora! Não chama o Minotauro Mamãe!! -roga temerosa.

— Não te assustes minha pétala de jasmim, este ser não vive mais, Teseu o matou. Mas o labirinto onde o touro ficava foi tomado por Mnemosine, quem o fez de museu com belas lembranças do gado branco, era um paraíso. Um paraíso que Nêmesis destruiu. -a flor em suas mãos se despedaça.

— Quem é Nêmesis? -pergunta enquanto fazia uma careta engraçada tentando recordar alguma divindade com este nome.

— A deusa da vingança. A mesma não gostou da maldição lançada a Pasífae, a de lembrar e reviver as mesmas emoções com o touro. Alegou que quem havia de pagar era Minos e não vossa esposa, entretanto, nada foi feito, até sua maldição. Se antes somente Mnemosine podia ver as lembranças, agora todos que tivessem acesso ao labirinto o teriam, um modo perigoso de justiça entregar documentos celestiais a meros mortais. Por esta razão fôra encaminhado a parte mais sombria do submundo, o coração da escuridão, o coração de Hades. -observa-a com atenção, como se dissesse indiretamente que um dia viria a conhecer um lado nada agradável de seu irmão.

— Tio Hades não é mau. -defende com segurança.

— Somente quando se trata de você. Um dia entenderá que existe uma linha entre a bondade e a maldade, Hades é a linha que divide estes conceitos. Um dia você entenderá. -diz alisando os cabelos da jovem menina."

Após sair do transe notou que a aurora se aproximava, ela teria apenas 24h para encontrar algo que nunca ouviu falar. Estava cansada ao ponto de se questionar se deveria seguir ou apenas deixar que Hades a ganhasse, afinal, nada era uma garantia que o mesmo cumpriria sua parte no acordo. Precisava de tempo mas infelizmente não o tinha.