Persephone

Rios

*Olá roseslunaris! Que saudade eu estava de aparecer aqui!!!! Mas espero que tenham desfrutado do compilado de dois capítulos. Dêem muito amor a "calmaria" pois estamos nos aproximando de uma terrível tempestade em Persephone.... não esqueçam de dar estrelinha e comentar o que estão achando dos acontecimentos da história, e por favor perdoem os erros ortográficos que possam ter. Nos vemos no próximo capítulo, beijos e borboletas🦋💙*

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Paz regia o local. Em todos as regiões do Mundo Inferior havia harmonia, espectros assim humanos, construíram templos em homenagem a deusa da destruição, onde prestavam belas e saudosas oferendas. Todos a idolatravam.

Apesar da calmaria, o General do Tributo Norte fôra condenado ao Tártaro por traição, após um dos seus informar sua estratégia de usurpar o trono de Hades. Com isto os súditos nortténos reivindicaram um novo líder, que por escolha do Imperador foi nomeado o novo General da Grandeza Nortténa, Thanatos. Entretanto, para que ocupasse tal lugar deveria de ter uma esposa de linhagem nobre, alguém que tivesse respeito dentre os habitantes do Submundo. Mesmo Calypso sendo a mais "indicada" por ser a segunda filha da Morte, Lathifa foi quem assumiu o cargo junto de seu irmão e agora esposo.

O casamento entre ambos foi algo simples, apenas a corte jurídica, generais de outras partes e a própria família. Apesar de serem irmãos e não se falarem com tanta frequência, juraram fidelidade, lealdade e companheirismo entre si.

Perséfone deixou poucas lágrimas cairem mas estava contente que sua pequena orquídea tenha se casado com uma pessoa de sua confiança e de índole impecável. Hades por um momento questionou o por que de sua Rainha achar tal casamento normal, porém lembrou-se das aulas que a mesma tivera onde aprendeu que casamentos entre família eram comuns para os deuses e até era praticado por alguns mortais, fazendo-o ficar mais calmo. Não queria que pensasse que condenou sua própria filha a viver em incesto, apenas fez o que todos os deuses faziam e ainda a manteria calma por tê-la casado com alguém que de fato a respeitará.

No dia seguinte, Thanatos e Lathifa rumaram para a Corte do Norte onde passariam a habitar a mansão Leonôri. Muitas lágrimas e longos abraços foram dados em sua despedida desejando que retornem em breve, o que foi prometido pela Princesa dos Mortos após adentrar a carruagem e seguir rumo ao seu mais novo lar.

Depois de algumas luas, o casamento de Poseidon e Anfitrite também se realiza.

Nos Vales de Água Doce, onde Nereu, o Pai da jovem Rainha habitava junto de suas 49 irmãs, a cerimônia aconteceu. Poseidon vestia um traje em tons azuis escuro enquanto a Princesa do Lagos utilizava um belo vestido de tom azul claro e corte sereia, este que beijava suas curvas, assim como a espuma do mar beijava os cais da Costa Grega.

No casamento havia um jovem marinheiro mortal cujo tinha o apresso de Poseidon. O mesmo era lindo e jovem, atraindo os olhares, agora dourados, de Calypso, porém não trocaram palavras sendo apenas sua nomeação conhecida pela Deusa das Tempestades, Davy Jones.

— Fico encantado com vossa presença em meu festejo, Hades. Pensei que não viria ver-me depois de suas bodas. -solta longas gargalhadas enquanto conversava com o irmão.

— Como padrinho devo comparecer, não é mesmo? -corresponde se divertindo junto do mais novo.

— Certamente meu caro. -comenta com um sorriso cessando a risada.  — Estas divina Co...

— Perséfone. Meu nome é Perséfone. -o corrige enquanto direciona suas orbes esmeralda em direção ao Tio.

— Perséfone. -sussurra.

Assim como Poseidon reconhecera o nome, Perséfone reconhecera o sussurro, todavia não tiveram tempo de questionar-se pois Calypso os interrompe com uma pergunta sobre o jovem mortal em seu casamento causando graça ao deus recém-casado.

— Tio Poseidon, por qual razão o mortal é teu escolhido? -pergunta encarando o deus enquanto seus pensamentos eram dirigidos ao humano a alguns metros de distância.

— Creio que sejas Calypso, a mais rebelde das filhas de meu irmão. Respondendo vossa dúvida, este homem é um sujeito justo, sábio e nobre de coração. Sempre respeitou os oceanos e me traz honrosas oferendas e belos sacrifícios, merece meu apoio e o dos mares. -conclui.

— Fora sua beleza que é de tirar o fôlego que não possuo... -comenta admirando o jovem rapaz.

— Creio que se sentes algo, deves de lutar. Mostre quem és e se de verdade te amar, vai dar-lhe seu coração para ti, assim como deves fazer se chegar a ama-lo. -opina Perséfone.

— Jones prefere mortais, posso ver em sua mente que se sente fora de sua zona habitável. E além disso, não é alguém digno de ti, minha filha. Encontrarás alguém de maior valor para ocupar teu coração. -afirma Hades.

— Tenho sérias dúvidas, Papai... -sussurra para que ninguém além de si mesma escute.

O tempo que Perséfone esteve no evento não pôde deixar de reparar que ao contrário de si, Anfitrite estava feliz por se unir ao seu Tio, isso a alegrou afinal, não queria que a amiga sofresse igual a si. Dialogar com a mesma lhe trazia tranquilidade e algumas curiosidades que desconhecia, umas eram histórias felizes, como a criação da constelação de Delfim, e outras um tanto mórbidas, como a de que Poseidon perdeu algo que amava muito.

Retornar era uma tarefa difícil, dois de seus filhos não residiam mais no palácio, e seu marido cada dia pedia algo para a mesma realizar. Sabia que o mesmo lhe ocultara algo, então usou de seu veneno contra ele.

Utilizando de artimanhas para seduzi-lo, conseguiu adentrar durante poucos segundos de distração uma conversa com seu Dindo que a fez confirmar sua mais temida suposição, fôra enganada por ele também.

"— Preste atenção, mande um de seus cupidos acertar Cora com a flecha do amor, no dia de meu casamento.

— Está disposto a tê-la mesmo que seja na ilusão de um amor verdadeiro?

— Estou disposto a tudo para tê-la, para ter seu amor, seu corpo, sua ALMA.

— Que assim seja, imperador das sombras."