Persephone

Declínio

•Olá roseslunaris, me desculpem mas não pude atualizar ontem, porém hoje lhes trago capítulo novo. Me perdoem caso haja algum erro ortográfico. Não esqueçam de dar estrelinha e comentar o que estão achando da história. Nos vemos no próximo capítulo, beijos e borboletas🦋💙•

A festa após a coroação era belíssima, contendo um grande e majestoso banquete acompanhado de uma sinfonia deslumbrante.

Muitos casais dançavam pelo grande salão de Obsydhian, enquanto outros desfrutavam da boa comida e da agradável conversa com outros convidados presentes. Neste mesmo evento, Cora conheceu Radamanthys, Minos e Aiacos, os juizes do submundo. Ambos eram educados e muito gentis apesar de sua apetência ser um tanto temerosa.

Ao término da comemoração, os seres presentes se retiraram indo de encontro com suas localidades.

Hades admirava Cora enquanto a mesma retirava suas joias preparando-se para deitar. Ele a olhava de uma forma sedutora, como um caçador esperando por sua caça, entretanto, em meio aos pensamentos nebulosos, pôde ver o quão linda era ela. Tão delicada, tão doce, tão inocente, tão pura. Ele gostava desse poder, gostava de saber que ela era somente sua, gostava do domínio, gostava da dominação.

— Me permite? -diz ao levantar-se da cama, oferecendo-se para ajuda-la a retirar o corpete de seu tronco.

— Não é necessário, vou ao toalete me trocar... -responde um pouco constrangida.

— Eu insisto, deixe-me ajuda-la com isto sim? -se aproxima da mesma.

— Ah, claro, está bem. -por fim aceita, virando de costas e lhe oferencendo as tiras.

Enquanto o mesmo movia as fitas presas em seu corpete em busca de tira-lo, apreciava seus ombros descobertos. Como ele a desejava dentre seus lençóis gemendo por seu nome. Como ele a desejava em seu trono reinando como uma verdadeira rainha. Como ele a desejava amando-o.

— Sobre o tema anteriormente trocado entre nós, o que deseja que faça? -pergunta enquanto analisava o espelho a frente, tendo ainda Hades em suas costa.

— Certamente uma deusa honesta. -sorri. — Pensei que fugiria de vossa promessa. -revela.

— Se lhe prometi algo, cumprirei até minha morte. -lhe responde firme.

— Ou seja, cumpriras por toda eternidade. -sorri novamente. — Bem, desejo que me responda uma pergunta com todo o seu coração. Não tente mentir pois... -é interrompido.

— Provas mentiras, sei disso e não lhe mentirei. Pergunte-me o que tens tanta curiosidade em saber. -diz agora sentada sobre a cama enquanto segura seu corpete com uma das mãos para que não caía e a deixe desnuda.

— Cora, me amas? -observa-a.

Ela calou-se. Se dissesse que "sim" o mesmo saberia de sua mentira, porém se falasse "não", lastimaria seu coração. Ela não tinha uma fuga.

— Todavia aguardo vossa resposta. -diz olhando-a intensamente.

E foi então que Cora viu. Se não o respondesse, o mesmo não poderia julgar se era uma verdade ou não. Entre o "sim" e o "não", o silêncio era a resposta correta.

— Me perdoe mas não quero responder-te está pergunta. -desvia seu olhar.

— Por qual razão? -pergunta curioso.

Mais uma pergunta, ele sabia sua tática mas não era somente ela que tinha cartas em manga.

— Estou cansada e prefiro que não dialoguemos sobre estes tipos de tema. -responde simples.

— Tens medo de sua resposta? -diz sabendo sua estratégia.

— Como disse, quero descansar. -finaliza cansada.

— Não me responde pois assim não poderei provar se mentes? -pergunta mais uma vez com um sorriso ladino.

— Hades já chega! O dia foi deveras complexo, estou com uma máscara de deusa suprema porém ainda sou humana e me canso. Tenho demasiadas coisas em que pensar, tenho todavia a preocupação por minha mãe e a dúvida se serei uma boa governante. Então peço-lhe com todo o respeito que tenho por ti, que me respeites, respeites meu cansaço e que por favor não insistas nisso. -lhe responde séria.

Hades surpreendeu-se com tamanha resposta, porém decidiu aceita-la de bom grado. Seu objetivo era testa-la e com o resultado obtido, só mostra o quão astuta a garota era. Uma joia rara, uma criatura pura, porém deveras inteligente.

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Hades e Cora se dava muito bem ambos passavam muito tempo juntos e sempre apreciavam-se com carinho. Pela manhã tomava um belo dejejum juntos, logo Hades partia para o tribunal Subm, e ela ficava em seu jardim particular ao qual fôra lhe dado como presente de aniversário em sua primeira primavera como rainha esposa de Hades.

Nas tardes todos estavam ocupados porém Cora visitava-o na sala do trono onde sempre levava uma grande bandeja com frutas. Ao cair da noite ambos jantavam em seu quarto onde desfrutavam um do outro, seja em uma conversa ou em um contato mais íntimo.

Eles eram felizes juntos.

De vez em quando passeavam pelos bosques de sua mãe e até treinavam seus bichinhos. Ambos eram conectados mas mesmo tudo estando perfeito, após algumas eras Hades queria um herdeiro, alguém com quem pudesse treinar, mas nada ocorria e por um momento pensou que a mesma pudesse ser infértil, afastando-se dela.

Como não conseguia gerar filhos ele somente a usava para seu prazer mas ela não o fazia. Segundo ela, o mesmo se derramava em prazer sem importar-se realmente com seu sofrimento por não gerar uma vida. Cora fôra em busca de oráculos e os mesmos diziam coisas não claras para sua compreensão, fazendo-na ficar tristemente confusa.

" A flor da vida trará três estrelas luminosas ao escuro do mar, mas a própria murchará ao coração parar, e a maré a levará aos braços de seu verdadeiro lar."

Cora buscou vários deuses mas ninguém lhe dava uma solução, até que em uma noite fria Hades invade vossos aposentos e a toma de forma doce e carinhosa. Ela sentiu-se completa, cheia de vida e de amor, sentia-se viva depois de eras. Fôra a única vez que seu coração o desejou, a única vez que de fato desfrutou do ato, a única vez que sentiu prazer e permitiu-se derramar no mesmo.

Quando o ato acabou, com ambos suados e desnudos ela só pôde ouvir um sussurro ao decorrer de seu fechar de olhos, e o sono lhe invadir.

— Eu lhe amo, e não preciso de uma flecha para que me ames igualmente. Teu coração lhe diz a verdade, siga-o, meu lírio.

Depois de horas, a deusa acorda com seu esposo lhe acariciando e beijando-na intensamente. Confusa porém alegre, pôde ver a felicidade retornar ao seu leito, depois de tantas lágrimas serem derramadas. Sentiu-se feliz pois agora a harmonia poderia retornar ao seu lar e quem sabe em um futuro próximo, gerar um herdeiro fruto da paz e calmaria.

— Se querias agradar-me ao me esperar assim, conseguiste. -diz enquanto beija-lhe o pescoço.

— Mas estou nesse estado devido ao ato que realizamos horas atrás, querido. -sorri para o mesmo.

— Estas enlouquecendo minha deusa? Acabo de retornar, ninguém adentrou este aposento. Tu mesma que retiraste vossas vestes, meu amor. -acaricia sua cintura.

— Juro-te que não enlouqueci. Tu me tomaste hoje, a horas atrás... -tenta explicar-se porém é interrompida pelo dedo indicador de Hades, mandando-a se calar.

— Abandone tuas ideias loucas e entregue-se a mim, minha rainha. -sorri e beija os lábios de rosa vermelha.