Mentiras

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No Palácio Oceanus no Reino de Atlantis, Poseidon que estava junto de sua esposa, se encontrava na sala do trono resolvendo algumas pendências dos mares vizinhos. A Senhora dos lagos calmos por sua vez estava a acariciar seu belo golfinho Delfim.

Apesar dos revoltosos mares da Grécia, o castelo raramente entrava no ciclo tempestuoso, sempre se mantendo instável e cheio de vida.

Até o fatídico dia.

A robusta porta de vidro azulada fôra aberta rudemente fazendo os governantes e seus soldados se alarmarem com tamanha ousadia. Com a passagem livre o ser de olhos arroxeados manchado por lágrimas adentrava o local se dirigindo com calma em direção aos soberanos.

O silêncio era perturbador mas a figura quebrada do ser presente era pior.

— Por que? -questiona em tom baixo.

— Como? -busca entender sua fala.

— POR QUE ME ABANDONOU?! -grita em ira.

— Eu não tive escolha. -diz firme sem desviar seus olhos dos violeta a frente.

— TEVE SIM!! E TU, SABIAS DISTO?!! -direciona tanto o olhar quanto a pergunta para a nereia ao lado.

— Descobri recentemente mas não pude dizer-te. -confessa desolada.

— MENTIRA!!! -seus cabelos por um instante entram em chamas.

— Se acalme, vamos conversar com calma e esclarecer as coisas, faça isso por Anfitrite. -propõe Poseidon.

Mesmo enraivecida aceitou. Apesar de não acreditar na fala de ambos precisaria ter calma para assimilar bem a situação atual, fora o respeito que nutria pela nereia que tanto lhe fôra fiel mas que agora possuía uma índole duvidosa.

— Saiam todos, não quero ser incomodado. -anuncia para os servos e guardas presentes.

Após todos se retirarem os três presentes sentaram-se em uma mesa para melhor dialogarem. Apesar da rainha das águas mansas dizer ser um tema de ambos a jovem flor insistiu, assim como seu marido, para que permanecesse no âmbito.

— Antes de tudo, quero que saiba que nunca a abandonei. Se me afastei foi para sua segurança. -afirma usando um tom rouco e aveludado.

— Escute-o com atenção e entenderá. -profere Anfitrite.

Apesar da dúvida estar presente calou-se e pôs a escutar cada palavra dita pelo homem à sua frente.

— Quando soube que deveria me casar com Anfitrite fiquei iluminado tanto que resolvi aproveitar com meu irmão, Zeus. Bebemos um pouco e logo voltei ao mar em busca de uma baia para descansar até que eu a conheci, Kaira Stefan. Era uma mulher bela e que aparentemente estava voltando de um passeio, sua beleza chamou minha atenção e eu tentei possuí-la mas a mesma se negou então fiz o pior erro que trouxe minha maior alegria, a tomei a força. A moça era virgem, uma seguidora de Athena, quando soube que gerava você no início não te quis mas eu sim. Quando passou um certo tempo ela começou a te amar, cantava músicas para lhe acalmar e te desejou muito, quase teve um aborto espontâneo duas vezes mas te mantiveste viva, por isso quando nasceu demos-te este nome que representa a fênix de Hélio e Selene, o pássaro que ressurge das próprias cinzas. Uma hora após te conceber, Deméter chegou para levar-te, disse de um acordo com Kaira mas a mesma havia dito tempos antes que já havia desistido de tal insensatez, contudo, Deméter te arrancou de meus braços e jurou que se te buscasse daria fim a sua vida e revelaria a Anfitrite o que fiz. Não fui eu quem lhe abandonou, Deméter que te tirou de mim, minha princesa.



                •{CAPÍTULO NÃO REVISADO}•

<< Espero que estejam gostando desse desenrolar pois estamos na reta final! Não esqueçam de dar estrelinha e comentar o que acharam deste capítulo e das revelações sobre nossa querida(ou nem tanto assim) deusa da colheita. Amo muito vocês e nos vemos no próximo capítulo, beijos e borboletas🦋💙 >>

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