Capítulo 20

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Henrique

Já fazia alguns dias que eu vinha ignorando a minha mãe. Era óbvio que ela iria acabar sabendo do meu "namoro" com Elisabete, e as últimas mensagens que ela me deixou foram bem estranhas. Disse a ela que poderíamos nos encontrar para uma conversa em um horário que eu pudesse e a mulher aceitou.

O problema era Elisa que estava querendo fugir disso a todo custo.

— Você poderia dizer a ela que tive uma emergência. — Falou insistindo mais uma vez para que eu desistisse da conversa.

Estávamos em uma confeitaria onde minha mãe adorava ir. Se ela fosse para a agência com toda certeza seria uma péssima ideia, pois eu já sabia qual seria a reação dela quando conhecesse Elisabete.

— Isso está fora de questão, querida, e vai por mim, é melhor vocês se conhecerem na minha presença. — Falei dando um sorriso.

— Você já disse que sua mãe não era muito... legal. — Ela disse tomando cuidado com as palavras.

— E você terá uma bela demonstração disso agora mesmo. — Falei vendo minha mãe entrando pela porta do local com a cara fechada.

Ela não estava de bom humor, na verdade, ela nunca estava, porém, eu sabia que Catarina Vilella já usara o seu poder e influência para descobrir tudo sobre a minha assistente, e era óbvio que ela não estava gostando nada da notícia que seu filho mais velho estava namorando uma simples assistente.

Claro que isso não me incomodava em nada. Elisabete era uma boa pessoa, muito inteligente e linda. Algo me fazia querer ficar ao seu lado, mesmo sendo só para brigarmos.

— Meu filho. – Disse ela abrindo um meio sorriso. — É bom vê-lo, já que parece estar se escondendo ou muito... ocupado. — Disse se referindo de modo grosseiro a Elisa.

— Mãe, não vamos começar assim. — Alertei.

— Já vi da onde você aprendeu a ser tão simpático. — Ironizou Elisabete me fazendo rir.

— Você desejava conhecer Elisabete, aqui está ela.

— Estou vendo.

Minha mãe avaliou a morena de cima a baixo. Achei a forma como ela a olhou muito estranha. Eu realmente não gostei, pois sabia que depois disso viria as palavras que iriam atingi-la em cheio.

— Algum problema, senhora Vilella? — Começou Elisa.

— Muitos. — Respondeu parecendo está provando algo amargo. — Henrique, o que se passou na sua cabeça quando decidiu escolher essa mulher?

E lavamos nós.

— Essa mulher está bem aqui na sua frente. — Reclamou.

— Henrique?

— O que você quer, mãe? — A questionei ficando irritado. — Veio aqui me questionar sobre minhas escolhas?

— Sim. Você sabe que tem que se casar com uma mulher da nossa classe, não uma...

— Acho melhor não continuar. — Ameaçou a morena.

— Já chega! — Disse rude. — Não estou aqui para discutirmos, e sim para que você não encha mais meu saco. Eu já cresci e fiz minhas escolhas, se algo lhe incomoda, eu não posso fazer nada.

— Ótimo, agora você está me respondendo com ignorância. Tudo por causa dessa mulher. — Disse, fazendo drama.

— Desculpe-me, senhora, mas ele já era assim quando o conheci.

Pigarreei para que as duas parecem com o atrito entre elas. Elisabete levantou-se e me chamou para conversarmos longe da minha mãe. Não sabia o que ela diria, mas acredito que seja relacionado a Catarina.

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