Capítulo 28

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Elisabete.

Essa última semana foi horrível. Tive que estar ao lado de Henrique, pois, estávamos trabalhando juntos outra vez. Parecia que o homem estava arranjando desculpas para me ver, mas isso era ridículo, já que foi ele que terminou comigo.

Sim, eu poderia estar agindo friamente, no entanto, fazia isso porque não conseguia ficar ao seu lado sendo a pessoa de antes.

Minha cabeça tinha que esquecer a loucura de me apaixonar pelo meu chefe, mas ele estava dificultando as coisas sendo um homem legal e gentil.

Minha vida deu um giro de trezentos e sessenta graus e eu estava perdida. Não queria um novo relacionamento, pois sentia que minha paixonite pelo idiota do Henrique duraria mais um tempo, mas tinha que sair e me distrair.

Fábio estava sendo um cara legal e divertido, e quando o gato ligou me chamando para sair, pensei em recusar, entretanto, minha irmã me convenceu do contrário, dizendo que eu só esqueceria de um homem estando com outro.

O problema era que isso seria impossível, já que eu estava trabalhando ao lado do cara todos os dias, e nosso término não foi tão desastroso.

No fim, Henrique não tinha culpa alguma, pois acetei fazer isso sabendo do fim. O que eu não poderia adivinhar era que o arrogante tinha uma alma tão doce e que meu coração, idiota, fosse se viciar nesse açúcar.

Não tinha intenção de falar sobre o meu encontro com Fábio, pois para mim, o homem era só um amigo, mas lá no fundo desejei saber como ele reagiria, e fiquei ainda mais furiosa quando descobri que o filho da mãe só se importava com o que as pessoas diriam.

Henrique nunca se apaixonaria por mim, e eu não deveria ficar surpresa.

Saí do prédio ainda bufando de raiva, e Fábio já me esperava. Eu não sabia para aonde íamos, mas esperava que esquecesse essa conversa com o meu chefe.

— Você é sempre linda ou está assim só para mim? — Perguntou me deixando envergonhada.

Entrei em seu carro e fomos o caminho todo conversando. Ele era mesmo uma ótima pessoa. Também trabalhava como arquiteto, coisa que me surpreendeu.

— Estou abrindo a minha agência, não muito longe daqui. — Comentou sem tirar atenção do trânsito. — Se você um dia, quiser mudar de empresa, ficaria feliz se viesse trabalhar comigo.

Fiquei surpresa com o seu pedido. Não poderia imaginar que depois de anos sem conseguir nada na minha área, eu estaria recebendo um convite desses.

— Talvez, se meu chefe me encher demais. — Brinquei.

Eu não tinha intensões de sair da onde estava. Mesmo estando em um momento difícil com Henrique e ele tendo sido um grosso no início, hoje era reconhecida.

Claro que era difícil vê-lo todos os dias sentindo todos esses sentimentos, mas não significava que eu sairia da agência por causa disso.

Chegamos a uma casa noturna que parecia lotada. Não era o meu estilo, porém, estava aberta a novas experiências.

Não ficamos esperando na fila, pois parecia que Fábio era sócio do local. Fiquei impressionada com tudo, e assim que entramos a música alta incomodou os meus ouvidos.

Sei que tinha que aproveitar a oportunidade, no entanto, eu era uma mulher simples que curtia ficar em casa ou um jantar ao ar livre.

Involuntariamente, minhas lembranças voaram para o dia em que estive na casa de Henrique e ele cozinhou para mim. Foi algo tão simples, entretanto, havia sido uma noite maravilhosa.

A MENTIRA DO CEO: Contrato com o chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora