Capítulo 34

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Henrique

Não posso negar que fiquei um pouco feliz com o que aconteceu com Amanda. Isso me fazia ser frio e insensível, talvez, mas já estava na hora daquela mulher descer do pedestal em que ela se colocou.

Era muita cara-de-pau vir até aqui chorar em meu ombro. Na verdade, quando a mulher entrou pela porta em prantos, fiquei assustado, e logo foi se agarrando a mim, contando o ocorrido.

Pelo que entendi, Rodolfo tinha a deixado para ficar com uma morena de 25 anos, o que me deixou surpreso, já que ele parecia a amar muito.

Fiquei muito mais aliviado quando Elisa apareceu e pude me soltar das garras da loira.

Quando Amanda saiu, voltei a ficar tranquilo. Sempre que a mulher aparecia, minha paciência esgotava. Ainda bem que agora eu tinha Elisabete, ela realmente tinha um feitiço sobre mim, pois o mundo poderia cair sobre a minha cabeça e desestabilizar a minha vida, mas só bastava um minuto ao seu lado para esquecer-se dos problemas e voltar a ser feliz.

Hoje eu tinha planejado um jantar, entretanto, depois do que aconteceu, foi difícil achar um momento em que nós dois estivéssemos a sós.

Quando o final do dia chegou, eu ainda estava trancado no escritório, e mais uma vez não consegui falar com a morena, mesmo ela sendo minha assistente.

Eu não queria ter que mandar uma mensagem de texto a convidando para um jantar romântico. As coisas deveriam estar em uma situação melhor que essa. Sei que concordamos em deixar nosso relacionamento mais restrito, porém, isso não estava me agradando muito.

Acabei decidindo que iria até sua casa, assim não precisaria recorrer a algo tão fácil quanto o celular.

***

Eu não sabia se sua irmã já estava em casa, pois sabia que ela sempre estava em viagens. Sempre que nos encontrávamos, Mariana gostava de ser irônica em relação ao nosso relacionamento, mas agora que tudo era real, ainda não tínhamos nos encontrado.

Tive que percorrer um corredor, antes de chegar ao apartamento, e assim que virei a imagem de Fábio me fez ficar paralisado.

Ele estava encostado na parede com um sorriso no rosto e Elisabete também estava sorrindo. Meu sangue começou a esquentar e minha cabeça ficou nebulosa com a raiva e o ciúme.

Caminhei até eles, e pude ver a surpresa no rosto dela, assim que me aproximei.

— O que está acontecendo aqui? — Perguntei irritado.

Fábio, que antes parecia relaxado conversando com a minha namorada, agora tomou uma postura mais firme.

— O que você está fazendo o aqui?! — Questionou raivoso.

— Henrique, calma. — Pediu Elisa com um sorriso nervoso no rosto.

Olhei para a morena, bastante chateado. Sei que não tenho direito de ditar com quem ela deve ou não sair, mas Fábio não era qualquer um, ele era o meu rival. Em tudo, desde a faculdade.

Sua surpresa em me ver aqui, não me convenceu. Ele sempre caçava oportunidades de estragar a minha vida e aposto que ele sabia sobre mim e Elisabete.

— Por que esse homem está aqui, Elisabete? — Questionei diretamente a ela, não querendo nem olhar para o idiota.

— Falei a você que éramos amigos naquele dia. — lembrou-me.

— E eu disse o quanto me desagrado. — Disse ainda mais puto.

— Achei que tivessem terminado. — Ele se pronunciou.

Era bem claro, na verdade. Nosso relacionamento foi exposto na mídia, e como o imbecil vivia me perseguindo, sabia sobre nós dois. Era possível que ela poderia ter dito algo no período em que estávamos separados, mas sua intromissão em nosso romance estava me levando ao limite.

A MENTIRA DO CEO: Contrato com o chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora