Henrique
Desde que conheci Elisabete, venho fazendo e sentindo coisas que nunca senti ou fiz com ninguém. Eu ainda estava surpreso com o fato da mulher me suportar e me amar, porque eu sabia que isso era difícil.
Ela me ajudou a superar os meus medos, e não desistiu quando minha família quis interferir na nossa relação. Ainda existia a questão com o meu pai, porém, não podíamos forçar ninguém a gostar de ninguém e eu esperava que algum dia meu pai melhorasse, assim como, surpreendentemente, a minha mãe.
Catarina era a minha mãe, e os filhos tinham que amar e ser grato só por esse fato. Eu entendia suas dificuldades, e mesmo não aceitando seus preconceitos, não podia exigir que a mulher mudasse muito rapidamente, porém, Elisa fez algo que ninguém esperava. Ela conseguiu amolecer o coração de gelo dela, assim como fez com o meu.
Eu não fazia ideia de como ou o que essa mulher tinha para ser tão especial, só sabia que tinha sorte por tê-la em minha vida.
Nunca quis morar com mais ninguém. Sabia que seria difícil ter alguém constantemente me julgando e atrapalhando a minha vida, no entanto, minha namorada não era esse tipo de pessoa.
Ela sabia das minhas manias, dos meus jeitos e respeitava tudo isso, assim como aprendi a respeitar os dela. Talvez tenha sido isso que eu esperava desde o início, e Anna estava certa em dizer que existia uma pessoa específica para cada um de nós.
Eu queria que ela estivesse aqui, acredito que as duas se amariam, mas nem sempre tínhamos o que desejávamos e sabia que eu tinha que aceitar esse fato.
Hoje, finalmente, conheceria a mãe da minha namorada e mesmo estando nervoso, estava animado.
Era inegável a minha mudança, porque meses atrás eu correria disso. O bom era que eu não estava sozinho nessa, pois meu irmão teve a sorte de namorar a irmã da minha namorada e sabia o quanto isso era estranho de se pensar.
— Como aceitou fazer isso tão facilmente? — Questionou-me Dominic tentando me ajudar na cozinha.
Nunca vi meu irmão sendo tão medroso. Ele já teve receio de não conseguir ser um bom administrador, e se provou ser muito bom no que faz, mas agora ele estava simplesmente suando frio só porque iria conhecer a sogra.
Geralmente os genros tinham esses sentimentos quanto às mães das namoradas, porém para mim isso era bobagem. Ela só não gostaria de mim se eu fosse um filho da mãe para a sua filha, e penso que não me encaixo nisso nem meu irmão.
— Por que está agindo como um menino que está prestes a ir à diretoria, cometeu um delito no colégio?
— É fácil para você estar tranquilo. Sempre foi bom com as pessoas e todas as mulheres caem na sua lábia. — Acusou-me. — Mas eu não. Sempre acontece algo que faz com que eu pareça um idiota.
— Relaxa, ela não é um general. Se a sogra for como as filhas, não temos o que temer. — Falei tentando ajuda-lo.
O som da campainha fez meu irmão me olhar desesperadamente. Não pude deixar de rir dele.
O deixei cuidando da cozinha, para receber nossas convidadas. Preferimos fazer na minha casa. Eu faria o jantar.
Dom me acusou de querer aparecer, mostrando os meus dotes culinários e não era isso que queria, porém, sempre era bom agradar à sogra.
Abri a porta com o meu mais belo sorriso. Era a primeira vez que eu via a mulher, mas não dava para se confundir.
— Pensei que trariam a mãe de vocês, não uma terceira irmã. — Falei as fazendo sorrir. Eu não estava exagerando. A mulher era bem jovem.
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A MENTIRA DO CEO: Contrato com o chefe
RomanceSinopse Uma mulher traída. Um chefe arrogante. Uma mentira perigosa. Você já se imaginou em um dia dos infernos? Eu tive um dia assim. Primeiro, me adiantei e cheguei no trabalho duas horas mais cedo, fui demitida e quando cheguei em casa, descobr...