Enfim, a coragem!

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A semana passou rápida. Na sexta-feira saímos com Abby e as crianças, fomos todos tomar sorvete, mesmo com a temperatura despencando, era uma tradição deles. Aproveitamos sua companhia, já que ela voltaria naquele dia para Sag Harbor. Passamos horas super divertidas. Depois ainda fui trabalhar no clube, de lá liguei novamente para tia Penny, que atendeu imediatamente.

-Alô, April? Tudo bem, querida?

-Sim, tia. Tudo bem. Nosso almoço amanhã está de pé?

-Claro! Conte comigo!

-Então tá, liguei para confirmar. Te espero.

-Um beijo! Até breve.

Penny desligou o celular com um sorriso nos lábios. Enfim sua relação comigo estava voltando a ser boa.

Depois da jornada de trabalho, cheguei em meu apartamento quase 3 da manhã. Fiz um chá bem quente, tomei meu banho e tratei de dormir o mais rápido possível, pois em algumas horas estaria preparando um almoço para minha tia e Sebastian. Aleluia, eu havia tido coragem para contar a ela sobre nós.

Como de costume, acordei cedo e comecei o preparo da comida. Eram quase 10 horas quando Scott chegou. Como pegaria as crianças mais tarde, resolveu me ajudar na cozinha. Trouxe um vinho para minha tia, e doces pra mim. Me ajudou com o assado, que ficou pronto antes do que eu havia pensado. Ficamos assistindo televisão até Penny chegar. Assim que a campainha tocou, prontamente me levantei para atendê-la. Sebastian foi até a cozinha pegar o assado. Penny sorriu para mim, me deu um abraço e entrou.

-Nossa, o cheiro está bom!

-Espero que goste! Por favor sente-se, eu preciso te contar uma coisa.

Penny sentou- se à mesa, me olhando fixamente.

-Eu estou com uma pessoa.

Falei mais baixo que o normal e minha tia precisou se inclinar para a frente.

-Como é?

-Tia, eu estou com alguém. Já tem um tempo, na verdade.

-Então serei apresentada a essa tal pessoa desconhecida hoje?

-Sim, mas ele não é desconhecido...

Sebastian apareceu com a bandeja de assado nas mãos. Veio em nossa direção, sorrindo. Penny fez o mesmo, sorriu com sinceridade.

-Sr. Scott...deveria dizer que estou surpresa, mas não estou.

Penny levantou-se e lhe deu um abraço.

-Acho que pelo abraço posso considerar que estou aprovado.

-Certamente que sim!

Todos sentamos. O meu nervosismo passou e até me arrependi de não ter contado antes. Tia Penny estava tão feliz ali conosco, deu várias risadas, contou histórias engraçadíssimas de quando eu era pequena, foi um almoço muito agradável.

-Já sabe da nossa tradição, Sebastian? Do natal? Gostaria de passar conosco?

-Adoraria! E qual seria a tradição?

-Secret Santa da Família Pearl.

Minha tia e eu falamos juntas.

-Nós fazemos desde quando eu era muito pequena. A ideia é dar o presente para a pessoa que você tirou com a primeira letra do seu nome ou do nome da pessoa que tirou. Ou seja, meus presentes podem ser com a letra A, ou a primeira letra do nome da pessoa que tirei. O legal é que nem sempre a gente acerta, então pagamos uma prenda. No fim vira uma bagunça e Alden sempre fica emburradinho.

O dia em que reconheci Sebastian ScottOnde histórias criam vida. Descubra agora