Confusões de adolescentes rico's - (Sookai/ Kaibin) (Yeongyu/Beomjun)

Capítulo 5: Chuva de desejos

Boa noite, galerinha de Seul! Muitas vezes eu me mantenho cética pois tenho medo de acreditar muito nessas coisas de destino. Mas já pararam para pensar que algumas coisas que acontecem, parecem já ter sido predestinadas por um tipo de força mística, ou talvez divina?

Enfim, vamos para as novas! Flagrados: Y e B, vistos juntos pela terceira vez nesta semana. Não sabia que de uma vez só, tantos filmes no cartaz do cinema fossem do interesse de adolescentes entre dezesseis e dezoito anos de idade.

A sessão das 20h já havia se encerrado, a luz iluminava a sala de cinema. E em meio a casais e estudantes se retirando, estavam dois de nossos protagonistas sentados em frente à grande tela, em uma das fileiras do meio.

O azulado observava com atenção os traços bonitos do rosto de Beomgyu, esse que dormia tranquilamente apoiado sobre o ombro alheio. Por um momento o mais novo se mexeu assustando o maior. Entretanto, não se tratava de nada mais que um abraço espontâneo, ao braço do príncipe de gelo, esse que não deixou de sorrir assistindo essa cena fofa em meio a soneca do loirinho. Perdido em seus próprios pensamentos, Yeonjun acariciou com delicadeza a mão agarrada ao seu braço, enfim despertando o menor.

Isso mesmo, internautas! O príncipe de gelo sorriu! B, amigo, como causou esse milagre?

— Yeonjun? — Ainda sonolento, o mais novo tratou de coçar os olhos, se endireitando sobre a cadeira. Finalmente, voltando a consciência. — Eu sou um péssimo acompanhante! Você assistiu o filme comigo pela terceira vez essa semana. E eu consegui dormir, em todas as três vezes.

— Não tem tanta importância, pirralho. Talvez o filme não fosse tão interessante quanto o trailer. Ou você só está cansado por estudar demais. — O loirinho deu risada, pegando sua mochila no chão, levantando-se junto ao namorado fake. — Na pior das hipóteses, eu sou uma companhia entediante. — Parou pensativo ao deixar o cinema.

— Não é isso! — Com cautela, parou seus passos. Olhando para o outro completamente sem expressão. Então, cuidadosamente, Beomgyu agarrou o braço alheio, prosseguindo. — Ai meu Deus! Com certeza não é isso, você sabe disso... — O azulado soltou uma risada divertida, após ver o mais novo tão desesperado em se explicar. — Yeonjun! — Repreendeu, dando um tapinha no braço do maior.

Então ambos riram da situação atual, voltando a caminhar pelas ruas de Seul. Só que agora com um detalhe a mais; Beomgyu ainda segurava o braço do mais velho.

[...]

Já passava das 21h, a noite estava gélida porém agradável. Huening Kai se encontrava rabiscando alguns esboços de desenho, deitado sobre o sofá da sala. As horas passavam, aumentando cada vez a ansiedade do adolescente, que aguardava sua mãe com notícias do desfile de sábado. Além do mais, as novidades sobre as aulas de modelagem do Choi. Surpreendentemente uma tempestade teve início, preocupando ainda mais o jovem.

— Mamãe já tinha que ter chegado! Eu sei que o trânsito na cidade é horrível, ainda mais em época de chuva. — Kai andava de uma lado para o outro, enquanto a empregada observava o nervosismo do patrão. — Será que ela foi sequestrada? Uma mulher importante como ela, deveria sempre andar acompanhada de seguranças.

— O senhor deveria se acalmar, tenho certeza que a senhora Kamal está bem. — Enquanto conversava com o mais novo, a mulher servia o chá para o mesmo. — Beba enquanto espera, vai se sentir mais calmo. — Sem hesitar, o rapaz fez como recomendado, em seguida, ouvido a porta do elevador se abrir.

— Nossa, está uma loucura lá fora, você nem imagina! — Kai levantou aos prantos, ao escutar a voz da mãe. Se surpreendendo com uma presença não esperada. — Ainda está acordado, querido? Isso é ótimo, assim pode ajudar o Soobin a se acomodar. Nós trabalhamos tanto hoje, que o pobrezinho nem teve tempo de descansar. E como está chovendo muito, sugeri que ele dormisse aqui essa noite. Como sei que são próximos, você não se importaria em emprestar um uniforme para ele amanhã, certo? Meu Deus, estou exausta, preciso de um banho, espero que vocês tenham uma boa noite, garotos. — Ao observar a dona da casa subir a escada, o mais novo ainda se encontrava boquiaberto com as decisões da mãe. Nem sequer o deixou opinar, apenas jogou tudo nele e saiu pleníssima.