[FINALIZADA]
Jogador Azul ou Azulinho, era assim que Kim Taehyung era conhecido. Apelidos estranhos, admito. Profissionalismo nos jogos te define. Tinha a fama de ganhar diversos games, apostar dinheiros, objetos valiosos e até mesmo mulheres. Quem...
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Perspectiva da S/N
O dia seguinte amanheceu com o ar gelado, mas debaixo do meu edredom, junto com o corpo que me abraçava por trás, me dava uma manhã maravilhosa e aconchegante. Se pudesse, nunca levantaria da cama. Podia-se escutar o breve canto dos pássaros que provavelmente voavam pelo céu. Podia ser linda sua melodia, mas irritante quando você não quer acordar.
Estico com dificuldade meu corpo, soltando um suspiro em seguida. O homem com as madeixas azuladas, ainda roncava ao meu lado. Seu biquinho vermelho dava-lhe um ar fofo. Antes de levantar, retiro um fio de seu cabelo de seu olho. Olhei rapidamente pro relógio, visualizando as horas.
Optei por ir a delegacia a noite assim que sair do trabalho. Deste modo estaria mais relaxada, sem a ansiedade e a curiosidade a flor da pele, para ver o tal suspeito e escutar o que o mesmo tem a dizer. Depois de tanta insistência de Taehyung, permiti que me acompanhasse quando desse o horário. Eu entendia seu lado, mas ainda estava receosa com sua ida.
Depois do banho, me vesti com uma calça jeans, uma blusa com manga longa, sapatilha e dei um jeito em meu rosto com lápis de olho e um rímel.
KT: Môr... — O dono da voz rouca do recente sono e a carinha amassada se pronuncia. — Vai pro trabalho agora? — Assinto positivamente.
S/n: Estou um pouco atrasada. Se cuida, sim? — Deposito um selar em sua testa, recebendo um resmungo de sua parte. Franzi as sobrancelhas.
KT: Aqui. — Aponta pros seus lábios e faz bico. Sorrindo, deixo um selinho demorado na superfície macia. — Tenha um bom dia. Irei te buscar, hum? Eu te amo.
S/n: Eu também te amo, Smurf. — Pego o que restava e saio de casa em rumo ao fliperama.
Esses pequenos gestos vindos dele me surpreendia, mesmo que já deveria ter me acostumado. Mas as vezes não caia a fixa que finalmente "domei" a "fera azul". Era simplesmente esplêndido quando fazemos coisas clichês, portanto nem tanto clichê assim. Entendemos nossos gestos e olhares, é como se a maioria das vezes, estivéssemos nos comunicando por telepatia. Além de namorado, Taehyung era um irmão, um segundo "pai", um protetor pra minha pessoa. Já estou pensando em levá-lo para conhecer meus progenitores. Até posso imaginar o mesmo ajudando minha mãe na cozinha, como me ajuda, e assistindo partidas de futebol junto ao meu pai. O genro perfeito, ou quase.
O local de máquinas de jogos estava vazio, acho que não terei muito trabalho por aqui hoje. Como o clima está frio, suponho que as pessoas procurem ficar dentro de suas casas assistindo, trocando carícias com seus parceiros, fazendo uma almoço em família ou navegar nas redes sociais o dia todo, como muitos adolescentes.
