Long years without him- Sabiley

Capitulo 1.

Sabina:
Há exatos dois anos ocorreu o pior dia da minha vida, o acidente que levou o meu maior parceiro de vida. Esta data sempre me machuca muito, trazendo toda a dor e solidão que senti neste dia. Ella, minha pequena, lembra o pai em cada detalhe tem os cabelos levemente castanho, a pele bronzeada,gosta de sempre me ver sorrindo e seus lindos olhos azuis lembram-me seu olhar.

Joalin e Sina são meus maiores suportes desde que Tyler se foi, elas tentam me fazer seguir em frente aos poucos mas ao mesmo tempo entendem a minha dor e me ajudam com a Ella.

Devem estar se perguntando o porquê do nome tão diferente da minha filha, e aqui vai a explicação mais clichê e fofa deste mundo: Tyler costumava me chamar de "ela" por sempre ter buscado a pessoa certa para completar o vazio em seu coração. Ele nunca chegou a saber da minha gravidez, faria uma surpresa para ele assim que voltasse de sua viagem à negócios, porém isso nunca aconteceu...

Muitas vezes me pego pensando como seria se fôssemos uma família completa, como Ella iria amar ter o pai aqui!

[...]
Acordo com o barulho dos pequenos choros de Ella ao meu lado na cama e logo deposito beijos em sua bochecha macia, fazendo a mesma rir.

-Lelê- Ela fala referindo-se a mamadeira que estava em cima da cômoda e entrego para a mesma.

-Hoje você vai ficar com a Tia Sina para a mamãe trabalhar, já que nao tem escolinha!- Falo levantando e escolhendo uma roupa e a pequena apenas assente, com certeza não entendeu nada do que eu acabara de dizer. -Vem, vamos vestir algo!

Escolho algo bem leve para Ella vestir, já que com certeza vai passar o dia brincando e correndo com os filhos de Sina, Emma e Henry.

[...]
Saio do quarto após nós duas estarmos prontas e me deparo com o grande porta retrato que decorava o aparador da sala. Me lembro como se fosse ontem desta foto que Linsey captou minha e de Tyler, sorriamos sinceros e felizes um para o outro.

Meu peito aperta ao ver aquela imagem e lembrar que fazem exatamente 730 dias que não tenho o abraço quente dele, o beijo sincronizando e principalmente o seu toque calmo em meus cabelos.

-Não chola!.- Ella aponta para mim e para o quadro que meus olhos estavam fixados e lacrimejados.

-Não vou chorar, amorzinho!.- Falo sorrindo para ela que sorri de volta para mim.

[...]

Coloco a pequena em sua cadeirinha e dou partida com o carro. Para piorar minha situação, o clima de Los Angeles hoje estava completamente sombrio, completamente nublado e friorento.

Em poucos minutos, chegamos na casa de Sina e Noah. Toco a campainha e a porta logo é aberta por Emma que sorri com pena por saber que dia é hoje.

-Olá, titia! Oi, Ella!- Ela nos cumprimenta e a pequena em meu colo pula ao seu encontro no chão.

-Saby!- Sina desce as escadas rapidamente e me abraça apertado. Sinto seu olhar de pena e conforto ao me ver.

-Jura que não tem problemas em ficar com Ella, né? Já disse que Linsey está livre, posso deixá-la com ela!- Falo tentando mudar um pouco o rumo da conversa.

-Claro que não! Hoje é meu dia de folga, e as crianças me ajudam com ela. -Sina responde.

-Ah! Oi, tia Bina.- Henry me cumprimenta ao descer as escadas. O menino parece triste e sem graça, como se estivesse realmente mal... Sendo que Henry sempre foi muito animado.

-Oi, Henry! Aconteceu algo com você?- Pergunto e ele apenas me abraça forte.

-Sinto falta do meu Tio...- Ele chora em meu abraço, me fazendo ter um aperto no peito. Já que nunca tivemos filhos, Tyler era extremamente apegado aos filhos de Sina e Noah, principalmente Henry, meu irmão não tem muito tempo com as crianças e o pequeno tratava Tyler como seu pai. Tento sempre que Noah tenha tempo para aproveitar com seus filhos, mas ele faz oque pode/ quer...

-Henry, já disse para não falar sobre isso hoje!- Sina o repreende.

-Sina, não faça isso! Tenho certeza que Henry não queria fazer isso e que sofre pela falta dele como se fosse seu pai. - Falo.

-É que ele era como meu pai, e agora me sinto sozinho...- O pequeno se encolhe em meu colo.

-Sim, meu amor! Ele deixou um vazio grande em todos nós. Mas tenha certeza de que o seu pai te ama mais do que tudo nessa vida.- Falo enxugando as lágrimas e abraçando pela última vez meu sobrinho. -Tenho que ir, fica bem tá?!

Ele assente e abraço minha cunhada antes de dar partida para a "Hidalgo Urrea Academy", minha academia de dança. Tenho ela há três anos e sempre amei poder trabalhar com meus amigos e família. Tyler me ajudou a construir cada milímetro daquele lugar, oque me faz ter ainda mais apreciação pela Academia, entrar lá me faz lembrar e senti-lo comigo.