Capítulo 36

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Sabe aqueles dias que você não quer nem levantar da cama? Que sente que o dia não vai ser nada bom? Então hoje era esse dia!

Estava em uma preguiça que só, deitada na cama e queria ficar daquele jeito ate a noite, deitada curtindo minha preguiça e fazendo vários nada. Porém minha vida não é tão boa assim. Levantei fiz minhas higiene e fui para cozinha, onde eu já escutava barulho de gente conversando, e me lembrei das minhas visitas não desejadas.

-Bom dia - desejei quando cheguei na cozinha. Eles estavam sentados na mesa, a mulher de meu irmão dava mamadeira para o meu pequeno sobrinho e notei que meu irmão estava bem arrumado de roupa social e tudo. - Vai sair? - perguntei para ele enquanto abria a geladeira e colocava suco em um copo.

-Sim, vou procurar um emprego - respondeu animado.

-Aah, boa sorte - desejei enquanto fazia um pequeno misto quente.

Não demorou muito e logo Lucas saiu atrás de emprego. Ele estava diferente, nunca foi assim, ele era típico filhinho de papai que pedia tudo sempre e ganhava.

-Qual seu nome? - perguntei para minha "cunhada" enquanto comia meu pão.

-Júlia. - ele sorriu - Nem estava lembrando que não tínhamos sido apresentadas. - eu ri, ate que ela parecia ser legal.

-Meu nome é Lorena, mas me chama de Lorrane! Sempre! Lorrane! - eu disse reforçando o Lorrane.

-Pode ficar tranquila. Lucas já comentou comigo - sorri satisfeita por ela ter entendido.

-E qual o nome do meu sobrinho? - perguntei curiosa.

-Felipe.-respondeu olhando o nenem que era uma graça.

-Ele é muito fofo - eu disse e ela se derreteu e aí eu percebi que ela era uma mãe coruja - Eu tenho que dá uma saída, fica bem sozinha? - perguntei meio na dúvia e ela assentiu.

-Pode ir tranquila.- me respondeu.

Certo eu só poderia estar maluca por deixar minha casa sozinha com uma pessoa que eu mal conheço e que é mulher de uma das pessoas que eu mais odiava (Pelo menos até há algumas horas atrás).

Por mais que tem um perigo ai eu senti que posso confiar nela, ela parece ser uma boa pessoa e bem o meu irmão parece ter mudado, Então, vou arriscar, preciso sair de casa, respirar um pouco de ar, estou me sentindo muito sufocada e também preciso conversar, tenho que ir atrás do Léo quanto antes.

Sai de casa só com o celular e as chaves. Andei por um tempo até achar uma praça. Perfeito. Me sentei em um dos bancos que ali tinha e comecei a pensar.

Minha cabeça fez várias perguntas aleatórias sobre a minha vida e tudo que esta acontecendo. Se eu demorar muito ou continuar enrolando Victor vai perceber minha demorar e sabe-se lá o que ele pode fazer comigo. Luan também, o que eu faria, não tinha ideia do que dizer a Ele, inventar uma viagem de última hora? Uma ideia Boa, mais sem sentindo, ele vai querer saber para onde. Meu irmão, será que ele seria capaz de fazer alguma coisa que me prejudique? Eu não sei como nem por que, mais ele me achou e pelo que parece sabe muito, ate de mais e se ele quiser em um estalar de dedos pode me ferrar. Porém se ele continuar assim do jeito que tá acho que não seria capaz, como eu disse ele mudou, ou pelo menos parece que mudou.

Suspirei fundo e levantei do Banco começando a caminhar até a casa do Léo. Era uma boa caminhada, e talvez seja isso que eu precisasse andar um pouco, deixar a cabeça livre para pensar.

Cheguei na minha antiga casa, atual do Léo. Estava de frente para porta e me vi lembrando da vez que Luan chegou aqui e eu não estava e o coitado ficou esperando até eu voltar, ri um pouco dos meus pensamentos.

Eu ainda tinha um copia da chave, abri a porta.

A casa estava do jeito que eu tinha deixado, Léo não mudou nada a pedido meu, queria que ela continuasse do mesmo jeito para quando eu voltasse.

⚊Ta fazendo o que aqui mona? - a voz do Léo atrás de mim me tirou dos pensamentos. Me virei de frente para ele o mesmo me olhou com um olhar desentendido, como se quisesse saber o que estava acontecendo com o olhar, coisa de melhor amigo.

-O que aconteceu? - ele perguntou com a voz um pouco seria me olhando eu não tinha respostas para suas perguntas, apenas neguei com a cabeça e quando me dei conta lágrimas grossas caiam sobre minha face.

-A minha vida tá uma bagunça! - sussurei abraçada a ele.

-Calma! Respira! - ele devolvia meu abraço me apertando forte contra seu corpo - Me fala o que tá acontecendo...

-Você ja sabe- eu disse e fomos andando até seu quarto. Deitamos na cama um de frente pro outro, sempre que queríamos desabafar ficávamos assim.

-Sei, mas preciso que me confirme meus pensamentos. - ele disse com calma.

-Tudo! Luan! Victor! Lucas! Minha vida tá foda!

-Lucas? Como assim? Seu irmão? - ele perguntou não acreditando no que ouvia, ou para ver se ouviu certo.

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