[ REESCRITA: INÍCIO: 12/05/2023
Sebastian Velark. Um homem poderoso. Por trás de uma bela aparência e um corpo de arrancar suspiros de muitas, há algo tremendo, maligno e demoníaco. O que ele quer ele tem e não importa o que tem que fazer. Se for p...
Vou explicar mais um pouco o motivo da minha ausência e a demora absurda nas atualizações. Aconteceram uma série de coisas em minha vida. Fui mandada embora com dengue, a pior coisa foi ficar de cama com dores e febre alta. Mas estou bem melhor, todavia precisei resolver situações pessoas e pouco tempo tive para escrever. Mas hoje trouxe um cap curto para vocês...terei mais tempo conforme pego seguro e toda essas coisas. Peço perdão a todas ( os ) desde ja.
Boa leitura. ♡
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Sou mestre na arte de falar em silêncio. Toda a minha vida falei calando-me e vivi em mim mesmo tragédias inteiras sem pronunciar uma palavra… — Fiódor Dostoiévski.
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SEBASTIAN VELARK.
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Não há um meio de saber como será nossa vida ao nascermos. Da mesma forma que não escolhemos vir ao mundo, também não escolhemos quem chamaremos de mãe e de pai.
Sebastian estava fadado à dor e à miséria desde o ventre de Suzanna White; uma mulher de estatura média, cabelos longos e castanhos, porém mal cuidados, em meio aquela maldita vida, acometida a uma perdição da qual não faz o mínimo esforço de se ver livre, engravidou.
O nascimento da criança foi cercado de turbulência, a mulher entrou em trabalho de parto dentro de uma das piores biqueiras de nova york, com usuários caídos pelos cantos decrépitos e vendedores sem se importarem com a viciada gritando de dor e pedindo por ajuda. Dentro da ambulância os paramédicos fizeram o parto que ocorreu de madrugada, ao chegarem ao hospital, o bebe foi levado para o setor neonatal e Suzanna para um dos quartos para receber cuidados.
Durante os primeiros dias, enfermeiras lutaram por horas a fio para manter o menininho vivo, em exames feitos constou o nascimento prematuro, desnutrição e o alto nível de entorpecentes no organismo tão novo — policiais foram chamados, juntamente com a assistência social; Suzanna chorou e se desesperou, pois negou-se a delatar o companheiro, pelas agressões que sofria e pelo uso desenfreado de cocaina e heroina.
O nome dado foi em homenagem a um pai ausente, olhar para o garotinho pálido de cabelos ralos porém escuros, envolvidos na coberta do hospital local trouxe um sentimento materno raso, a mulher era jovem demais para ser mãe, todavia queria estar com ele, ainda que para as autoridades isso seria uma péssima ideia.
Meses depois, em uma casa caindo aos pedaços, a morena estava jogada no chão, apagada pela droga que injetou na veia, o bebe chorava por horas, faminto, sujo, em um desespero que não conhecia, mas que já sentia desde o ventre da mulher que devia amá-lo e protegê-lo. O pai que até então estava sumido entre os bares insalubres, entrou na casa cambaleando, soltando xingamentos pelo choro incessante do bebe, encontrando Suzanna despertando atordoada, e foi neste momento que objetos foram quebrados, móveis apodrecidos jogados nas paredes frágeis, e as ordens proferidas com ódio — Sebastian havia parado de chorar, a fome o embalou em um sono profundo, dando paz aos pais que já aguardam a próxima leva de drogas para se perderem em suas próprias mentes.