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Eu nunca fui realmente insano, exceto em ocasiões em que meu coração foi tocado

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Eu nunca fui realmente insano, exceto em ocasiões em que meu coração foi tocado.
— Edgar Allan Poe. 

SEBASTIAN VELARK

Constar durante o ato a virgindade dela foi surpresa, ainda que não tenha esboçado reação alguma em relação a isso, estava farto de esperar, a tirei inconsciente justamente para tomar o que era meu, ao deixá-la no quarto segui para o meu, olhando-me  no espelho encaro os arranhões feitos em meus braços, colo e pescoço, filetes de sangue enfeitam os ferimentos superficiais, sangue manchava meu pau ainda duro, sorri satisfeito por tirar dela o que tanto pensou perder após o casamento com aquele merdinha — verifico o horário antes de seguir para o banheiro, memorizo todos os acontecimentos, bombeando meu pau, massageando contendo os suspiros altos, não demorando para gozar, porra, filha da puta.

Minha ida a Seattle é dali a uma hora, portanto, trato de organizar tudo, bebericando o conhaque aos poucos para afastar o sono, meu celular vibra, atendo colocando no viva-voz. 

— O garoto tem procurado por ela, junto dos pais, transferi todas as postagens em redes sociais para algo vago, não irá chegar a ninguém. Verifiquei com as autoridades, eles irão ajudar a ocultar. 

Ouço atentamente todas as informações, visto que nada poderia sair da linha, nada poderia dar errado, encerro a ligação, estalo o pescoço e continuo a trabalhar, sabendo como irei lidar caso aquele filho da puta tente algo fora do meu alcance.  Ao notar os primeiros indícios do amanhecer, permaneço em meu escritório, o terceiro copo de conhaque continuou intacto, minha raiva parecia não diminuir, queria mais dela, queria foder ate ela chorar me implorando para parar, entretanto estava sem tempo, isso poderia esperar. 

O carro já esperava, tranquei a porta, seguindo pelo corredor, parando diante da porta dela, abri um pouco a vendo choramingar de dor, descendo da cama, perdendo as forças e caindo no piso gelado, me afasto e sigo meu caminho, deixando ordens específicas a todos meus subordinados que permaneçam de olho nela, que não a deixem escapar, conectei as câmeras em meu celular, para monitorar enquanto sigo para uma de minhas empresas, resolver mais uma droga de problema  — no embarque, noto a mensagem breve pelo ecrã, fervilhando de raiva respondo e desligo o aparelho, subindo as escadas, adentrando o jato. Por seis horas e quinze minutos a observei, conseguia sentir em meus ossos toda sua aflição, seu temor e culpa, o lábio estava com um corte pequeno, os cabelos emaranhados e seus resmungos de dor ao se movimentar pelo quarto, por uma fração de segundo senti um leve incômodo por sua primeira recusa em comer, todavia isso se dissipou ao notar seu caminhar até a mesa posta e se sentar, comendo devagar, o que a fez apertar o estômago e correr para o banheiro e vomitar, uma sensação que conheço, então não busquei olhar demais, apenas desliguei o ipad e esperei para o desembarque. 

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