[ REESCRITA: INÍCIO: 12/05/2023
Sebastian Velark. Um homem poderoso. Por trás de uma bela aparência e um corpo de arrancar suspiros de muitas, há algo tremendo, maligno e demoníaco. O que ele quer ele tem e não importa o que tem que fazer. Se for p...
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Eu estou sempre fazendo aquilo que não sou capaz, numa tentativa de aprender como fazê-lo. — Vincent Van Gogh
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JÉSSIKA VELARK
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— Não podemos fazer isso, você não está nada bem. — digo, minha voz soando baixa devido as suas mãos apertando meu quadril.
De forma involuntária me movo devagar, ele controla meu quadril e solto um gemido manhoso ao sentir o tesão aumentando e a razão indo para puta que pariu.
— Pare, por favor. — tiro suas mãos de mim no primeiro ato de consciência.
— Me desculpe — seu rosto se ergue e posso ver o desejo queimar na imensidão azul de seus olhos.
Acaricio seu rosto, ficamos assim por alguns minutos, sinto seu calor, sua vontade que transborda, mas o medo dele sentir algum tipo de dor era o suficiente para fazer com que eu recue. Me afasto e fico de pé.
— Você pedindo desculpas, isso realmente foi impressionante — brinco, tentando amenizar uma tensão oposta do que havia a alguns minutos.
— Não percebi.
Umedeço os lábios e decido que o melhor é não estar mais ali, portanto pego o que deixei na poltrona e volto a encará-lo, sem muito o que dizer espero-o me seguir para sairmos dali. Na cozinha guardo o que sobrou do sorvete e deixo a colher dentro da pia, permaneço alguns minutos encarando a área externa, pensando se fiz certo ou errado de tê-lo negado mais uma vez — ainda que eu queira preciso pensar em sua saúde, em sua recuperação que só vingará se ele assim quiser.
Ao entrar no quarto o vejo na varanda, o cheiro do cigarro circula pelo quarto, torço o nariz e me aproximo.
— Precisa de ajuda com algo?
— Não. Vou tomar um banho — apaga o cigarro no cinzeiro, passando por mim sem me olhar diretamente.
Me sento na cama e encaro as unhas conforme ouço o barulho do chuveiro, a porta estava entreaberta e me atento a qualquer barulho para socorrê-lo. Sei que está chateado, todavia, era o melhor por enquanto. De pé opto por acender uma vela aromática que encontrei dentro da gaveta, pela visão periférica noto uma fotografia em uma moldura de vidro, fico boquiaberta ao constatar que era eu ali, no jardim, olhando para o pôr do sol, os cabelos negros esvoaçantes por conta do vento fresco, aquilo aqueceu meu coração de uma maneira estranha.
