Promise

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Pov. Draco

— De todos os lugares que você poderia me levar, esse não era um lugar que eu esperava.

Olho para Ronald sobre os ombros e lhe dou um sorriso de canto de boca.

— Você já repetiu isso três vezes. — digo-o.

— Estou três vezes surpreso.

Havíamos nos esgueirado porta à fora da Accio e comprado duas passagens de trem para Londres, estávamos indo para onde eu estava anteriormente. A viagem foi breve, de somente duas horas e meia para chegarmos na cidade. Considero que teremos um pouco menos de um dia para aproveitar, antes que Lucius notasse a nossa falta, mas acho que isso era mais do que suficiente. Eu não tinha intenção nenhuma de ficar nessa cidade, contudo, queria trazer Ronald para visitá-la pelo menos uma vez, uma vez antes de Londres se tornar meu grande túmulo. A expansão estava acontecendo e não tardaria para que eu voltasse para cá a negócios e eu queria mais uma vez sentir-me livre aqui.

Como eu era.

Mesmo fazendo poucos dias que eu deixei essa cidade, sinto que tudo aqui é diferente de Liverpool. De uma boa maneira.

Durante a viagem lembro brevemente de Goyle e Crabbe, era para eles serem meus seguranças, só que eu não havia os vistos mais depois que desci para Askaban. Bom, provavelmente serão demitidos depois dessa.

Oh beleza!

— Você frequentava muito esse lugar?

Rio baixo e balanço a cabeça de um lado a outro.

— Não. — respondo-o com sinceridade. — Só vim uma vez, foi pouco tempo antes de voltar para Liverpool.

Nesse tipo de boate? — Ronald diz olhando ao redor, completamente eufórico.

Entendo a intonação que ele quis dar quando disse nesse tipo de boate. Estávamos na Plataforma 9 ¾. Eu poderia ter o levado para qualquer lugar, contudo eu escolhi aqui por alguns motivos.

— Bom, vamos aproveitar. — Ronald exclama. — Seu pai com certeza vai nos fazer trabalhar que nem escravos depois dessa, e eu sinceramente não tenho cabeça pra isso.

Ele ergue a mão brevemente e uma garçonete completamente vestida com roupas íntimas de renda, aproxima-se de nós e Ronald pede dois Negroni puro com gelo, eu não gostava muito de Negroni, mas não disse nada. A garçonete anotou os pedidos e foi até a mesa do bar, para o bartender preparar. Olho ao redor com cautela, mas sinto algo diferente no ambiente desde o momento que entramos pela porta e nos sentamos sobre essas cadeiradas acolchoadas, parecia mais movimentado do que a primeira vez que eu vim.

Não me atento ao certo qual o motivo do movimento, porque outra garçonete aparece com os nossos pedidos minutos depois. Pego o Negroni e brindo com Ronald, que com os cantos da boca curvados em um sorriso radiante, entorna a bebida para dentro de si. Faço o mesmo, mas sem pressa, eu realmente queria beber com calma e aproveitar todas as sensações que o álcool pode me trazer, afinal tinha tanta coisa na minha cabeça. Lucius. Askaban. Dr. Riddle. Arma biológica. Tudo isso fora cansativo para mim e porra, não posso nem dizer que vivi isso por uma semana e aguentei, porque não vivi nem dois dias, imagina para Ronald que viveu isso por dez anos, sozinho com essas pessoas transtornadas em pura maldade.

Como será que foi pra ele viver ao redor de tudo isso?

Bebo mais um gole da minha bebida.

— Eu conheci alguém aqui.

Digo para Ronald, mas não o olho, não consigo encara-lo no momento.

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