Que maravilha! Penso quando a garota apaga compretamente, vejo os outros se aproximarem de nós e solto um suspiro aliviado quando o Clint vem de encontro conosco com uma cadeira de rodas.
_Quem é a garota?
Bruce pergunta encarando a garota.
_É a Haker, mas não temos tempo agora, ela está com dificuldades respiratórias e ardendo em febre.
Robes diz empurrando a cadeira de rodas em direção a área de exames.
_Deixa eu ver como ela está.
Bruce diz pegando ela da cadeira e a pondo deitada na maca, ele pega um estetoscópio e checa os batimentos cardíacos primeiro, depois a vira de lado para checar os pulmões, seu rosto ganhando uma expressão preocupada.
_Preciso de intubação, ela não está conseguindo respirar, alguém inicie a massagem cardíaca, precisamos estimular a circulação de sangue.
Em poucos segundos duas enfermeiras e uma médica o ajudavam a abrir caminho pelas vias respiratórias, um enfermeiro realizava a massagem cardíaca e uma enfermeira inseria o soro intravenoso, e outro pessoal trazia equipamentos e a ligava aos monitores cardíacos, arregalo os olhos um tanto assustado, o que teria acontecido se não tivéssemos a encontrado? Ela não parecia tão mal quando abriu a porta, pelomenos não demonstrava.
_Em que você tanto pensa?
Natasha pergunta em tom baicho, não queríamos tirar a concentração da equipe.
_E se não tivéssemos tido razão para a procurar? Como ela estaria agora?
As possibilidades mim assustavam, às condições em que a encontramos, um lugar praticamente abandonado, em um prédio em ruínas, o lugar era frio e úmido, como ela sobreviveu em um lugar como aquele por sabe-se lá quanto tempo?
_Não sei, na verdade eu não tenho como imaginar, não fui com vocês lá, não sei como ou onde ela vive.
A ruiva diz dando de ombros, ela havia mudado bastante durante os últimos anos, todos havíamos mudado, no entanto nos esforçamos para não deixar isso tão claro.
_É um lugar horrendo, um prédio em ruínas, um cubículo úmido e frio, foi assustador.
Digo sentindo calafrios a cada palavra que saia da minha boca, ela encara a menina com um olhar de pena, e se cala, provavelmente tão preocupada quanto todos ali.
_Ela está istável, vamos fazer exames, ela está ipotermica e apresenta um quadro de pneumonia, a perca da consciência aconteceu por que ela ficou muito tempo sem oxigênio, vamos fazer ressonância, um eletrocardiograma e exames de sangue, além de um teste de alergia antes de aplicarmos qualquer medicamento.
Fecho os olhos e respiro fundo mim deixando respirar aliviado, assim como todos ali, pelomenos a garota não morreu.
_Ceus! Essa foi por pouco.
Robes diz parecendo tão aliviado quanto eu, não digo nada apenas saio daquela sala, não sei por que fiquei tão abalado com aquilo, já vi coisas muito piores, mas ver uma garota tão jovem vivendo naquelas condições, praticamente morrendo de frio, aquilo mim jogou no meio de uma realidade que eu confesso não conhecer, parecia um universo paralelo ao que eu vivo, era assustador.
Saio da base e caminho pelo gramado, precisava de ar puro, mesmo que um ar compretamente congelante, mim sento em um banco no jardim e encaro a neve que brilhava sobre os fracos raios solares, aquilo paisagem exuberante mim parecia assustadora agora, não sei quanto tempo eu fiquei sentado ali, o dia já estava escurecendo mas eu não tinha tido ânimo para voltar para dentro e ouvir mais notícias ruins._Tony, os exames ficaram prontos e o Bruce está chamando todos para uma reunião.
Mim assusto por não ter percebido a aproximação do Barton, mas mim recupero, o encarando seriamente, antes de mim levantar e seguir com ele para dentro.
_Ótimo, agora que estamos todos aqui eu serei bem direto, o estado de saúde da garota é grave, os resultados dos exames chegaram e são piores que o imaginado, ela contraiu um quadro de Pneumonia fúngica, o que é bastante preocupante pela agrecividade desse tipo de infecsão, realizamos exames para sabermos mais sobre as causas, uma vês que não é comum e é encontrada em pacientes que já tem alguma doença crônica ou pessoas imunodeprimidas, pacientes oncológicos ou infectados com o vírus do HIV. Os novos exames apontaram uma série de deficiências imunológicas e DPOC.
Meu cérebro trabalha freneticamente para digerir a informação.
_Desculpem a minha ignorância, mas o que é DPOC?
O Sam pergunta parecendo confuso e mim despertando de meu breve topor.
_Doença pulmonar obstrutiva crônica, é um grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar e dificultam a respiração.
Digo no modo automático, encarando o Bruce que assente se preparando para as explicações.
_O enfisema e a bronquite crônica são as doenças mais comuns que compõem a DPOC. As lesões aos pulmões causadas pela DPOC são irreversíveis mas existe tratamento para evitar o avanço da doença, com os cuidados certos ela vai poder ter uma vida o mais normal possível.
_O que mim leva a perguntar o que faremos com ela, por que tudo o que ela não vai ter se voltar para aquele prédio decrépito é cuidados necessários.
Robes parece ter lido a minha mente e eu agradeço por isso.
_Ainda é sedo para tomar decisões, primeiro precisamos do máximo de informações possíveis sobre ela, tudo o que temos é o nome, a idade dela e uma garota entubada no andar de baixo.
Todos concordam com a Natasha, e com isso aos poucos foram se dispersando, desço até a sala hospitalar e vou até o único quarto ocupado, havia uma praca escrita não entre e a porta estava trancada, um procedimento padrão em uma ITI, para evitar que o paciente contraia novas infrações, só pode encarar a garota através do vidro que tomava o lugar de uma parede, a menina é branca di mais e magra di mais, a aparência dela num todo estava terrível mas ainda podia ver os traços de uma menina ainda muito jovem, mesmo com todos aqueles aparelhos.
_Provavelmente os problemas respiratórios já aconteciam a algum tempo, mas ela não procurou assistência médica por isso o quadro se agravou tanto.
Robes diz parando ao meu lado, encarando seriamente a garota a nossa frente.
_Sim, ela vai precisar de muitos cuidados, muitos medicamentos, não quero pensar muito nisso, mas é inevitável, ela se tornou responsabilidade nossa a partir do momento em que entramos na casa dela, temos que pensar em quais serão os próximos paços caso não encontremos nenhum familiar ou eles não estejam dispostos a recebe-lá.
Ele assente, um enorme silêncio se instala, olho as horas e resolvo ir para casa, afinal havia uma linda mulher e uma encantadora garotinha que também meressem minha atenção, não iria esquecer da minha família só por que estava com um problemão nas mãos.
_Vou para casa, tenho uma filha de cinco anos que está crescendo mais rápido do que eu consigo acompanhar, amanhã eu volto para ver como a senhorita Dutra está.
Digo mim virando para ele, nos despedimos com um toque nos ombros e eu saio de lá, mim encaminhando para fora da base, depois do dia infernal tudo o que eu precisava ela mim sentar a mesa e jantar com a minha família, com minha doce garotinha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Inevitável Destino
FanfictionSabe quando o medo se torna única coisa que te faz se sentir viva? Após a morte na mãe, quando ela ainda era um bebê de 6 meses, Ayla Dutra foi mandada para um orfanato onde passou a maior parte de sua vida, tendo passado por diversos lares em falh...