Capítulo Trinta e quatro

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Feliz Natal!!! 

Esse capítulo começa meio do nada mesmo, vocês não perderam informações, e eu não postei o capítulo errado. Fiquei tanto tempo longe, que fiz até uma capinha pra esse capítulo rsrs


 As vezes a sua vida vai bem, está indo por um caminho que te agrada, mas de repente um estrondo, um barulho muito alto te tira do lugar, porque o que é pra ser vem com força e tira tudo do lugar, sem dar tempo de você se organizar, é quando você finalmente descobre o que realmente é prioridade e vê que aquilo que você estava dando tanto importância não era o que mais importava no fim das contas. E foi numa dessas que eu me perguntei: O que eu sou hoje é quem eu quero ser?

Os alunos e a escola estavam nas mãos dos Flandres, nós estávamos em uma viagem decisiva para tudo o que nos envolvia, até mesmo estarmos juntos. Usava o vestido mais formal que já vestira na vida, era da Rowena, ela me emprestou para que eu pudesse ficar mais adequada a ocasião. Não falávamos nada desde o momento que entramos na carruagem, poderíamos usar um portal para o parlamento, mas precisávamos do espetáculo de chegar pela porta da frente como qualquer cidadão trouxa faria.

Cruelmente hoje estava me sentindo bonita, meu vestido cinza e creme tinha poucos detalhes, mas era lindo e sofisticado. Sua base era creme, até a gola no pescoço, em cinza vinham as mangas, quase como se fosse um casaco vestido por cima, e na saia sobreposições de tiras largas em cinza, com aplicações de flores douradas nas pontas da saia e da manga. Além disso tinha um detalhe de flores prateadas no creme próximo a gola, ainda não estava usando as luvas cremes, assim como o chapéu cinza com uma flor em um outro tom de cinza. Não achava que eu precisava de um chapéu, Rowena havia feito o penteado mais bonito que eu usara em anos, talvez de toda a minha vida, era uma trança no topo da cabeça com um coque no fim, uma aplicação de um adorno de folhas douradas e ela tornara a mexa rebelde que sempre caía para frente em um detalhe.

– Me sinto fútil e vazia estando aqui. – comentei com minha amiga, enquanto ela penteava meus cabelos

– É o melhor que podemos fazer. – senti o pesar em sua voz, mas acreditei na veracidade das palavras

– Ainda me sinto suja – as lágrimas caíram antes que eu pudesse impedir, mas era o que eu mais fazia agora, chorava

– Desculpe, querida! Mas eu não sei consolá-la hoje! – Rowena acompanhava o meu choro, mas não parou o seu trabalho até que meu cabelo estivesse pronto

– Não precisa me ajudar, só não quero que guarde essa dor pra você! Não faz bem! – levantei e abracei minha amiga, até que ela se afastasse

– Obrigada! Eu só não me sinto confortável de me expor

– Eu sei! Também preferia não estar aqui – usar os cômodos de Slytherin era estranho, mas era o melhor que tínhamos no momento

– Pelo menos nada aconteceu a minha preciosa Helena e ainda estamos juntos!

As vezes eu me arriscava levantar a cabeça e olhar para Rowena que estava na minha frente, mas seu olhar estava perdido e fixo nas mãos cerradas de Godric, que estava ao seu lado. O ódio que ele sentia agora despertava um receio em todos, mas era compreensível, seus olhos passavam a dor e a impotência que tinha nesse momento, olhando pela janela, ele parecia pronto para saltar em cima de qualquer trouxa que visse. Nem mesmo o amor dele por Rowena era capaz de fazê-lo ver algo além de si naquele instante, mas como poderia ele protegê-la se ele mesmo tinha medo e precisava de ajuda? Ela só queria que ele segurasse a sua mão para dizer que estava ali, mas eu conhecia meu amigo muito melhor que ela, sabia que isso iria machucá-lo muito mais do que poderia ajudar a ambos.

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