Capítulo Trinta e cinco

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Feliz Ano Novo! Um 2021 repleto de mudanças internas! <3 

Relembrando alguns nomes pra vocês:

Sir Robert Walpole, 1.º Conde de Orford, primeiro ministro trouxa
Sir Hamish Caimbeul, primeiro ministro bruxo
Sir Gavegioh, pai de um aluno morto
Duque de Rothesay, do ducado da Cornualha, casa de Windsor, do condado de Buckinghamshire. Slytherin, Salazar II.



Já estávamos a horas ali sendo interrogados e revivendo aquele momento terrível em que vimos nossos alunos morrerem e nosso sonho se tornar um lugar de pesadelo, havíamos tomado mais doses de veritaserum conforme passava o efeito, não que fossemos mentir sobre algo desse tipo, mas eles precisavam acreditar em nós.

Salazar era o único inalterado, continuava a falar com tranquilidade e a contar como se fosse um dia comum de aula. Rowena se mantinha firme, mas precisou segurar as lágrimas, mesmo algumas tendo escapado, sua voz não se alterou, sua postura era o exemplo que eu deveria seguir, era o que a alta sociedade esperava de uma dama de verdade.

Godric se exaltara várias vezes – gritou, esbravejou, chorou, ameaçou – o ódio dele era totalmente compreensível, tivera o maior número de perdas. Como cavaleiros, seus os alunos lutaram bravamente até que não pudessem ficar de pé, sem eles teríamos ainda mais perdas. A coragem dos da casa de Gryffindor fez toda a diferença!

Eu sempre fui a mais emotiva dos quatro, estava tentando me conter, ser a mulher que a sociedade teria orgulho de assumir, mas era difícil me conter revivendo o horror que vivemos. Ainda assim não conseguia ser a pessoa que eu fui treinada para ser! Minha voz falhava, minhas lágrimas não eram contidas, ficava nítido que eu estava devastada. Eu era realmente uma intrusa naquele mundo, minha ascensão em nada adiantava frente a meus modos tolos e tipicamente plebeus.

– Já chega! Não aguento mais! – falei entre lágrimas, mas eles seguiam me pressionando a falar mais

Não conseguia mais ouvir ou falar sobre nossas crianças sendo decapitadas na escola, nem sobre como paramos o sofrimento daquelas que imploravam pela morte com o corpo em chamas. Não éramos tão bons quanto todos esperavam, estava óbvio para todos. Deveríamos ser os protetores dos alunos, mas ali estava eu, pedindo proteção por não conseguir continuar. Por sorte, eu tinha Godric. Ele sempre me resgatava, era muito mais do que um amigo ou uma antiga paixão, era meu irmão, meu protetor.

– Basta! – Griffyndor gritou se pondo de pé, me defendendo da minha fraqueza – Senhores, falamos tudo o que aconteceu, estamos contando detalhes cruéis do que passamos e que não vai mudar o que passou, tão pouco resolver o que precisamos.

– O que quer que façamos, lorde Griffyndor? – perguntou desdenhoso o ministro trouxa, que pouco se abalou com a interrupção de um plebeu com título de cavaleiro

– Fui bem claro quanto a isso quando pedi a audiência!

– Acho que não foi claro o suficiente se estou perguntando novamente, duque.

– Desejamos esconder o castelo de todos, somente quem for convidado terá como encontrá-lo. A invasão ao castelo do Duque de Rothesay, do ducado da Cornualha, casa de Windsor, do condado de Buckinghamshire já é digno de morte. – ele usou o título para enfatizar o seu poder e deixar claro o que estavam fazendo com o duque que poderia vir a ser um príncipe se quisesse

– Eu voto sim nessa plenária e convido todos a fazerem o mesmo erguendo suas mãos para que isso se encerre mais rápido. – Sir Gavegioh puxou, proteger os outros alunos somente por conta do seu título e se livrar daquilo tudo e ir contar a esposa a perda

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