Capítulo Trinta e Nove

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Godric ainda estava dormindo quando ouvi batidas na porta, mais alguém parecia querer "furar" a ordem de não me perturbar. Mas como julgar se o próprio inventor havia siado o primeiro? Embora eu mesma o faria em breve para falar sobre a minha descoberta. Levantei com calma, da forma mais leve possível, para não acordar meu amigo, ainda que ele tenha um sono pesado havíamos passado por muita coisa não me surpreenderia se ele acordasse. Peguei meu robe do mesmo tom rose do meu vestido de dormir e atendi a porta. E ali estava ele: o homem que eu amo!

– Como está, Hufflepuff? – apesar do pouco tempo havia sentido falta da voz dele

– Muito bem, obrigada!

– Está mesmo? Precisa de alguma coisa?

– Não, eu estou mesmo bem!

– Pois para mim parece que quer se livrar de mim. Não costuma ser tão monossilábica assim. Há algo errado que eu fiz?

– Não, está tudo bem! – "Como explicar a ele que eu o amo com Godric dormindo na minha cama?" – Podemos conversar mais tarde? Uma volta pela estufa, que tal?

– Me parece uma desculpa para que esteja ocupada. Está fugindo de mim, Helga? Estou assustando você?

– Não! Estamos bem!

– Promete que se eu for nesse passeio vai me responder de modo elaborado? Porque eu não aguento mais ouvir não e uma variação de tudo bem.

– Eu prometo! – e era verdade, ficaria mais confortável com as minhas plantas ao nosso redor

– Helga!!!! – Godric gritou do quarto me procurando e no mesmo instante Salazar fechou a cara

– Entendi agora! Sinto muito por ter sido lento em compreender os acontecimentos, mas eu realmente achei que o havia superado!

– Aqui está você, mocinha! – Godric apareceu atrás de mim e beijou minhas bochechas – Slytherin! – cumprimentou sério o amigo

– Gryffindor!

– Nos veremos mais tarde? – perguntei com esperança

– Acho que tenho outras coisas que requerem mais de minha atenção

– É claro! – respondi amuada e ele saiu

– Tem certeza que realmente o ama?

– Ei! Não sai falando isso alto por aí! – fechei a porta – Mas eu tenho! E você disse que estaria comigo!

– Acha que estou voltando atrás com a minha palavra? Só quero que pense bem no que vai fazer! Amo vocês dois, são a minha família, e me preocupo com as emoções de Salazar numa proporção que não tem ideia.

– Estou mais certa do que jamais estive!

– Certo! Vou olhar nossos alunos. Quer alguma coisa?

– Não, obrigada! – ele estava prestes a sair da minha sala de visitas quando lembrei de algo – Acha que eu estou sendo egoísta ficando aqui? Quer dizer, estou deixando meus alunos sozinhos, e ficando reclusa mais uma vez por um motivo que eles nem sabem qual é.

– Você tem uma cota altíssima com todos na escola, ninguém iria julgá-la se decidisse se ausentar por um ano ou mais, sentiríamos sua falta de forma absurda, mas ninguém iria obrigá-la a voltar.

– Obrigada! É um ótimo amigo!

– Só isso? Ele ganha o seu amor e eu ganho um ótimo amigo? Não ganho nem o melhor amigo de todo o universo?

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