Capítulo quarenta e cinco

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Olá!!!!! Não deu nem pra sentir saudades agora rsrsrs
A capinha de hoje não tem nada a ver com o capítulo. Ficaria melhor no anterior? Com certeza! A do anterior combinaria com esse? Não! Então, daria no mesmo rsrs


Existem momentos em que tudo ruí! São nestes que precisamos de todo o apoio possível. O problema não era meu de fato, mas afetava minha amiga, sendo assim me doía tanto quanto se fosse meu. Fora que poderia acabar afetando até mesmo a escola, e isso é algo que eu não poderia suportar de modo nenhum.

Sabíamos que em algum momento isso iria acontecer, mas fomos negligentes e não nos organizamos para esse momento. Agora estávamos pagando as consequências disso. Tudo era bem difícil, mas não era eu quem estava com a pior parte.

A revelação da existência da Helena trazia graves consequências para Rowena, sua reputação estava manchada, na verdade não havia mais nenhum traço de algo bom nisso. Ela era uma mulher solteira com uma filha, para uma mulher esse era o pior pecado que se poderia cometer na alta sociedade. Mas era ainda pior para ela. Como membro do Clero sua filha deveria ser concebida com outro membro deles e ser entregue aos cuidados deles, o que não havia acontecido.

O pensamento prático mais sensato surgiu de Alene, que era declarar Helena como filha de Godric e realizar um casamento entre ele e Rowena. Seria apenas oficializar o que já estava acontecendo e todos nós sabíamos. Mas Rowena negou veemente, deixando Godric frustrado, magoado e ferido. Não me surpreenderia se ele sucumbisse a bebida de novo ou fugisse por um tempo. Mas apesar dos olhos vermelhos e inchados, ele permanecia ali, junto de nós.

Eu entendia o lado da minha amiga, ela não queria deixar a memória do seu primeiro amor morrer, como ele. Apesar disso, não pude deixar de me prender a dor de Godric com muito mais força. Ele era meu amigo desde sempre! Foi meu primeiro amigo, quando ninguém queria estar comigo, me ajuda e me protege mais do que eu mereço ou preciso. E estava sofrendo uma desilusão amorosa muito cruel. Eu mesma não podia imaginar o que faria na situação dele!

Mais uma vez estávamos precisando de Salazar mais do que gostaríamos, o título dele se fazia muito útil quando tínhamos algum problema. Ao invés de irmos a cidade para resolver o problema de Rowena, conseguimos marcar uma pequena audiência num povoado próximo a escola, assim não teríamos nenhum visitante indesejado.

Os alunos ficariam com os Flandres, que como sempre comprovavam a nossa necessidade de ter mais professores. Nós quatro seguimos para o local de encontro, mas havíamos usado elementos em nossa composição que nos tornasse rebelde e apoiasse a causa de nossa amiga de forma discreta.

Salazar estava com seu traje preto de sempre, mas não portava o chapéu e as luvas, algo muito indecente para um duque. Godric estava com roupa marrom e preta, a que usava em caças, envolto em uma manta de pele de animal, selvagem demais para qualquer atividade que não fosse dentro de uma floresta. Rowena estava formalmente vestida com um vestido de mangas compridas fundo preto e uma composição em roxo, usava o cabelo preso, luvas e chapéu. Eu estava toda de preto com um vestido que deixava meus ombros a mostra, com o cabelo solto – o ruivo contrastando fervorosamente, não só comigo, mas com todos os meus amigos que usavam tons escuro – também estava sem luvas e chapéu.

Nossa intenção era clara, qualquer um que visse nosso grupo sem o conhecer, diria que Rowena era a mais sensata de todos nós – o que não era mentira, exceto no momento. Queríamos mostrar a eles que não importava como estávamos ou que escolhas havíamos tomado, se nosso caráter se mantivesse integro não deveríamos ser punidos.

Antes de sairmos do castelo, brigamos muito se Helena deveria ou não ir conosco, tínhamos, como acontece quase sempre, opiniões opostas. Mas todos cedemos que Rowena deveria escolher o melhor para sua filha. O que resultou na menina ficando no castelo com os Flandres e os alunos, que haviam a conhecido no dia anterior. Isso facilitaria muito as coisas daqui para frente, guardar um segredo como esse de várias crianças era desesperador.

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