Capítulo quarenta e dois

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Estávamos a alguns meses em um deleite erógeno maravilhoso. Nessas horas eu era ainda mais grata da cozinha ser tão mais perto das masmorras do que dos outros. Seria um infortúnio enorme ter que me deslocar para longe toda noite, às vezes pela tarde e pela manhã. Apesar da intimidade eu ainda usava meias sempre! Não me sentia segura o bastante para tirá-las, era aonde estava as minhas cicatrizes e imperfeições. E o simples fato de Salazar querer estar comigo já era muito bom, não poderia exigir dele que ainda aceitasse os meus defeitos horrorosos.

Agora, quase sempre ficávamos no meu quarto, embora já tivéssemos usado a cama dele algumas vezes também. Eu o desejava mais do que poderia imaginar que poderia ser possível. Nutria pensamentos indecentes a todo momento! Todos mesmo! Até durante as aulas! Era minha perdição que nossa primeira noite juntos tivesse sido justamente no meio da minha estufa, local onde eu passava a maior parte do meu dia.

Já havia tido uma cota de posições novas, algumas que me deixaram constrangidas, embora prazerosas. Ainda assim, nunca tive coragem de ser a pessoa que o instigava e o convidava a vir estar comigo, não tinha coragem o suficiente para isso, embora desejasse mais do que qualquer outra coisa. Nem sempre ele vinha me ver ou me convidava a ir estar com ele, nesses dias eu queria ter a coragem de convidá-lo ou de ser mais confiante para tal.

Hoje, no entanto, eu havia me preparado para isso!

Ele viria até mim, porque eu o chamei! E embora estivesse implícito o que eu queria, não daria tempo para nenhum tipo de pensamento. Escolhi uma meia comprida preta com um bordado no meio da coxa e um robe de veludo longo verde-escuro com mangas, também longas, e plumas pretas nas bordas. Amarrei com uma fita preta de cetim na cintura com um laço frouxo na frente. Deixei meu cabelo solto, meu ruivo rebelde estava contido hoje, tinham leves ondas, que acabariam assim que estivéssemos juntos.

Já sabia que ele chegaria em pouco tempo, mas eu queria comer chocolate com morango. Desde que havia conversado com Rowena e minha amiga estava me ajudando com a minha alimentação eu estava controlada e respeitando os limites normais de comida. Mas ainda tinha muitos desejos por doces. Hoje eu não havia comido ainda, então poderia fazer isso agora sem que eu estivesse ficando louca de novo. E foi justamente quando eu estava com um morango mergulhado no chocolate na boca que ele chegou.

– Por Merlin! Se eu soubesse que seria recebido com uma cena tão erótica como essa estaria aqui muito antes! – sorri e terminei de comer

O olhar dele sobre mim era desejoso, me sentia poderosa e digna de sua admiração, quase uma deusa. Aproveitei o meu poder recém adquirido, sentei na mesa, deixando minhas pernas se desnudarem, dentro do possível, é claro, estava de meias afinal. Cruzei minhas pernas, fazendo com que o robe se abrisse quase até revelar o meu traseiro. E peguei outro morango.

– Aceita? – oferecia a Salazar, torcendo para soar tão sedutora como eu imaginava

– Está bem quente aqui, não acha? – ele me respondeu com outra pergunta, tirando o paletó e o lenço

– Um pouco... – cruzei as pernas para o outro lado, não me importando em saber que ele teria a visão de minha intimidade, que ardia pelo simples de eu saber que estava sendo vista. Ele parou tudo para me ver, aproveitei e abri um pouco o decote, mostrando meu colo.

– Senhorita Hufflepuff, mi lady se importaria se eu tirasse alguma parte do meu traje formal? – a pergunta soaria estranha a outra pessoa, visto que ele já havia tirado a única parte que manteria o máximo de decência na nossa situação. Mas decência não é uma coisa que eu desejava agora.

– Nem um pouco, senhor! – as respostas formais não condiziam com nosso jogo impróprio, mas parecia deixar tudo mais excitante.

Salazar tirou a camisa, deixando seu peito desnudo para apreciação, sentou-se no chão e tirou as botas, e ali permaneceu. Coloquei um dedo no chocolate e o chupei, mantendo meu olhar fixo na dureza que sua calça reservava para mim. Ele passou a língua pelos lábios, me comendo com os olhos. E eu nunca em toda a minha vida havia me sentido tão bonita.

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