Capítulo Quarenta e oito

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Oficialmente esse é o último capítulo! Os próximos serão epílogos! Espero que gostem!


Godric havia passado meses fora, tinha de fato se juntado a Santa Inquisição, mas acabou levando todos nós juntos, de forma indireta. Nós precisamos romper todos os problemas que tínhamos para ajudá-lo pelo máximo de tempo possível.

Nossa rotina na escola estava quase normal, só que sem a presença dele não era a mesma coisa. Rowena e eu havíamos retomado nossa amizade, foi como se aquele fatídico dia não tivesse acontecido. Acabei descobrindo depois que o que me deixou mais mortificada e ao mesmo tempo confusa foi a planta que eu tinha comido naquele dia. Fiz o experimento de novo, dessa vez falando com todos os professores, e novamente eu surtei como louca falando coisas que eu não achava de verdade e que tão pouco cabiam a mim julgar, e quando era pressionada silêncio e paralisação.

Eu ainda estava tentando engravidar. Salazar estava muito dedicado a essa missão, tanto quanto eu. A poção que eu bebia sempre após o sexo já não existia mais. E nos víamos todos os dias. A remoção da meia também me deu uma dose extra de confiança, ele não me negava por meus defeitos físicos, tanto como não fazia com os emocionais. Mas, mesmo fodendo todos os dias não havia resultados, e toda vez que a minha regra vinha era uma tormenta para mim, mas quando ela ia embora transávamos como louco, uma vez fizemos cinco vezes no dia, nem sei como conseguimos.

Apesar das coisas estarem correndo bem na escola e comigo, ainda não tínhamos Godric. E ele estava sem sua varinha, tinha levado só a espada e o caderno enfeitiçado para não levantar suspeitas. Estávamos usando outro caderno enfeitiçado por Rowena. Toda vez que ele descobria para onde iriam ou qual o bruxo a ser executado, um de nós saía da escola e ia para o lugar antes e tentávamos salvar o bruxo.

Falhamos algumas vezes, mas conseguimos em várias outras, até os Flandres haviam ido em missões como essa. Godric precisava ser muito discreto, ele era o que mais corria perigo, mas era o melhor com a espada, era o único que de fato poderia realizar suas tarefas mundanas sem magia. Eu mesma não conseguiria trabalhar em uma plantação sem agir um pouquinho que fosse como bruxa. Apesar disso ele estava exausto de todas as formas que poderia.

Para manter sua discrição, Gryffindor precisou mostrar uma força muito superior a nossa e ele mesmo foi obrigado a matar bruxos. Era algo que ia muito além da nossa capacidade de compreensão. A dor que ele estava carregando era imensurável, eu não seria teria forças para carregar nem um pedaço que fosse, já era muito difícil para mim carregar minhas pequenas batalhas. Mas havia um limite para ele também.

Quando recebemos a mensagem de ajuda dele focamos totalmente em formar uma estratégia que fosse boa o suficiente para tirá-lo da inquisição sem destruir tudo o que tínhamos. Seria preciso de mais do que um simples sequestro, e todos nós seríamos necessários. Godric já estava começando a ser visado pela Inquisição, precisávamos tirar ele de lá, antes que o perdêssemos ou que tudo acabasse em desastre.

Tivemos de colocar um feitiço em cada aluno para que eles dormissem durante todo o tempo que estivéssemos fora, não poderíamos mandá-los para casa sem darmos pistas do que iríamos fazer. A escolha era arriscada, mas era tudo o que podíamos fazer, os elfos fariam a escola continuar funcionando e tínhamos Adelaide para olhar Helena. Eu achava que nunca mais a veria, mas Salazar havia trazido ela de volta para essa situação.

Escolhemos uma vila trouxa em Carlisle para realizarmos o nosso plano. A cidade era um centro de massacre bruxo, mas nós éramos cinco bruxos preparados para o que faríamos ali. George e eu fomos os primeiros a chegar a vila, como um casal que lutava por justiça pela perda de nossos filhos, fomos acolhidos pelos trouxas com tranquilidade. Eles nem ao menos se importavam quando minhas lágrimas caiam enquanto eles falavam as atrocidades que haviam feito com os bruxos. Nessas horas, George me abraça, acariciando minhas costas e dizia a quem quisesse ouvir.

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