Capítulo Trinta e sete - Chapéu seletor!

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O dia era especial para todos nós, e foi uma decisão unânime estarmos de preto, era para representar o luto recente e não mostrarmos preferência pela nossa própria casa. Os alunos estavam empolgados com a ideia de mudar de casa, e serem escolhidos para aquela que realmente queriam estar. A ideia de uniformes não era tão divertida, mas foi a melhor ideia que tivemos para conseguir reorganizá-los e decorarmos as novas casas de cada um.

Havia escolhido um vestido leve de tule, com mangas bufantes compridas de tule e uma luva longa interna que cobria a parte exposta do meu braço até o cotovelo. A saia longa era pouco armada e com duas camadas de babados verticais, o corpete era justo e deixava parte do meu color exposto, mas ficava coberto por tule e tinha um laço na frente do pescoço, tinha alças bordadas de flores tal como nas luvas. Coloquei um chapéu bordado com as mesmas flores das minhas luvas e prendi meu cabelo em um coque simples, deixando as mexas rebeldes da frente como um detalhe, tal como Rowena havia feito antes.

Todos os alunos estavam reunidos no salão sentados nas mesas que pertenciam as suas casas originais, era a forma deles de se despedir de como estavam. Era aquele raro momento em que todos estavam reunidos e como sempre acontecia os alunos nos aplaudiam. Para mim era sempre emocionante quando isso acontecia, o reconhecimento e o carinho eram inexplicáveis. Havia apenas gratidão em mim.

Os primeiros a colocarem o chapéu foram os Flandres, foi nossa forma de mostrar aos alunos que era seguro e que não haveria nada demais. Mas nós fomos surpreendidos, tínhamos certeza de que ambos iriam para Ravenclaw, como membros do Clero, de alto conhecimento de estrelas e seja lá as especialidades deles.

– Flandres, Alene. – Rowena chamou

A mais nova dos irmãos se sentou no banco e Godric colocou o chapéu na cabeça dela, ele não se demorou e logo gritou.

– Ravenclaw!

Muitos aplausos de alegria explodiram, os alunos estavam tranquilos com o que iria acontecer a eles, estavam beirando a euforia agora que sabiam o que aconteceria. Os alunos da minha amiga estavam eufóricos com a ida de Alene para eles, o que esperávamos se repetir.

– Flandres, George. – Rowena chamou

O mais velho dos irmãos sentou no banquinho, Godric colocou nele o chapéu, e diferentemente da irmã, ele demorou, o chapéu parecia em dúvida de onde colocá-lo. Os alunos começaram a ficar tensos, e nós também. Será que haveriam pessoas que não se enquadrassem em nenhuma das casas? Mas eu escolhi pessoas, só! E então, veio a resposta, um grito forte do chapéu e uma explosão de palmas e gritos.

– Hufflepuff!

Estava atônita com a escolha! George estava vermelho, totalmente constrangido de estar indo para uma casa diferente da que todos esperavam, fora que o chapéu parece ter conversado com ele, como fez conosco. Alene me olhava furiosa, como se de algum modo o fato do irmão ter caído na minha casa fosse culpa minha. Rowena estava alheia a esses acontecimentos ou simplesmente se recusou a parar por algo que nenhum de nós poderia ou deveria resolver na frente de toda a escola.

– Corazy, Redlue!

– Ravenclaw!– lá ia uma das minhas melhores alunas

– Dawson, Jhonathan!

– Slytherin!

– Fostter, Inny! – uma aluna de Griffyndor

– Hufflepuff!

– Griffiths, Gabreel!

– Griffyndor! – mantendo a tradição familiar

– Jones, Elliot!

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