Capítulo Quarenta e sete

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A capinha de hoje é com os nossos amados e que terão um capítulo bem quente agora...
Espero que gostem! Agora só faltam três!!!!!

Falei do grupinho no whatsapp, mas não consegui colocar o link pelo celular kkkk Vou postar nesse aqui agora! kkkk


O inevitável aconteceu, Godric precisou ir para a Inquisição. Ele saiu de madrugada, não se despediu de ninguém, só deixou uma carta para Rowena que compartilhou algumas partes conosco. Não tê-lo conosco era estranho para nós e também para os alunos, mas estes não questionavam, haviam aceitado a nossa desculpa de viagem de exploração. Alguns deveriam saber que não era a verdade, mas entendiam que se havíamos mentido algo de mais grave haveria por trás.

As coisas estavam estranhas na escola agora. Os Flandres estavam responsáveis pelos alunos de Gryffindor e se recolheram entre si. Minha amizade e de Rowena estava estremecida, eu entendia o lado dela, estaria assim também se estivesse perdendo Salazar para a Inquisição. Talvez eu não tivesse sido tão agressiva, quase sempre eu ficava estática quando precisava reagir a algo. Eu queria a minha amiga de volta, mas não estava pronta ainda para falar com ela, precisava de mais um tempo para digerir tudo e ela também.

Eu queria muito poder culpar Rowena por tudo o que fez comigo, mas ela estava sob muita pressão. A organização toda da escola ainda era responsabilidade dela, uma filha pequena, um embate com o governo por conta da filha sem um casamento e agora Godric na inquisição. Sou amiga dela, deveria ter ajudado mais, mas tudo o que fiz foi estar longe, quieta e imóvel. Talvez até eu mesma me agredisse para me fazer ter alguma reação.

Salazar e eu tão pouco estávamos muito bem. Ele não havia reagido a minha declaração sobre um filho, havia desviado de assunto e me pressionado sobre o meu comportamento o tempo todo. Acho que havia em parte uma crise de ciúmes ali, por eu ter defendido Godric com tanta veemência antes de entender o que estava acontecendo. Nossa relação não estava tão mal assim, estávamos acostumados a nos desentendermos e voltarmos ao normal bem rápido. Mas ter Godric longe do castelo me fez repensar algumas prioridades.

Precisei contar com a ajuda de Dipz e outros elfos para que o que eu planejava desse certo, e ainda assim era arriscado. Eu havia me descoberto como mulher de diversas formas diferentes, só havia uma barreira para eu me aceitar completamente, e era essa que eu queria romper.

O dia pareceu se arrastar mais que o normal, mas quando a madrugada chegou eu estava pronta, só aguardava o sinal de Dipz.

– Está na posição, senhora! – ele me disse

– Me deseje boa sorte! – disse a ele e aparatei

Se eu achava que havia superado a ansiedade e a aflição que dá entrar de madrugada no quarto de alguém, eu estava enganada. É claro que hoje era ainda pior, a minha visita não viria pela porta. Iria tirá-lo do seu centro de equilíbrio por completo. Torcia com todas as minhas forças para que tudo corresse bem.

Aparatei de pé na borda da banheira dele. Nua! Sem nada! A única coisa que me cobria era meu cabelo solto. Eu achava que eu seria o grande destaque da madrugada, só não contava com a visão de Salazar mergulhado na banheira, com o torço desnudo e água cobrindo o restante de seu corpo. Não saberia dizer quão pecaminosa era essa visão.

– Maravilhosa! – foi a primeira coisa que me disse

Ele me olhou da cabeça aos pés. Mas foram minhas pernas desnudas que ganharam sua atenção especial. Não havia as minhas meias de sempre, era só a minha pele, mostrando cada imperfeição e marcas que eu tinha. Estava exposta pra ele, algo muito referente a alma do que ao corpo. Quando decidi vir aqui despida, me dispus a me revelar por inteiro. Não queria pensar na possibilidade de morrer ter entregue toda a minha verdade a ele.

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