Capítulo Cinco

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- O guelricho então é uma planta que ao ser ingerida permite o bruxo de respirar em baixo d'água. A lição de casa de vocês é descobrir os efeitos colaterais dessa planta, o tempo que dura o efeito e como ela possibilita o bruxo a respirar em baixo d'água. E para formalizar as nossas descobertas tragam um pergaminho com essas informações para a próxima aula.

- Professora! – Amalia levantou sua mão, chamando-me

- Sim!

- É que a próxima aula é só daqui a uma semana...

- Isso mesmo! Vamos ter um breve recesso para fazermos algumas melhorias no castelo. Certo! Vamos, está quase na hora do nosso almoço e não sei vocês, mas eu estou com fome.

E como esperado todos os alunos concordaram e começaram a recolher suas coisa, ansiosos por poder sair, era sempre assim com os alunos de Gryffindor e Ravenclaw, os de Slytherin eram um pouco melhores quando envolviam plantas que pudessem usar em poções, parecia que todos tinham a mesma habilidade de seu diretor.

Não havia muitos materiais a serem recolhidos, ainda assim os alunos conseguiram sair todos na minha frente, acho que a fome deles era maior que a minha, ou talvez eu só não estivesse tão afim de me juntar com todos eles. Mas eu sabia da importância de me juntar aos alunos nesse almoço, eu nunca faltava e fiz isso por dois dias seguidos, precisava mostrar que estava bem. Quando estava saindo da estufa, vi um dos banquinhos fora do lugar e empurrei-o com o pé para o lugar certo, e minha mente vagou imediatamente para o segredo que Salazar me contara. Havia sonhado com ele se masturbando a noite toda, mas tinha conseguido me livrar da visão durante as aulas, mas um simples banquinho foi capaz de trazer tudo a tona.

Fui em direção ao castelo tentando esquecer a imagem fabulosa que minha mente produzia, estava tão distraída que só percebi quando trombei com alguém. Olhando para as roupas, o reconheci, conhecia quase todas as roupas dele, resultado de uma paixão de muitos anos.

- Desculpe!

- Fui eu, estou muito distraída hoje. – falei demais, como sempre

- Na verdade a desculpa era pelo outro dia, falei muitas asneiras para você, não merecia ouvir aquilo nem de mim, nem de ninguém. Deve estar magoada comigo ainda, mas quero que saiba que me arrependo muito do que disse, e tudo só aconteceu porque quero proteger você, gosto muito de você para deixar alguém feri-la, e acabou que eu mesmo fiz isso.

Alguém ouviu alguma coisa depois de um "gosto muito de você", porque eu não ouvi! Conhecia Godric o bastante para saber que não era uma mentira, aquele jeito impulsivo era totalmente ele, e acreditava em cada palavra. É lógico, ele havia me machucado, mas ele reconheceu isso e se desculpou. Quantos homens são capazes de fazer isso?

- Acho que estávamos todos estranhos naquele dia. E não se preocupe, eu já tinha desculpado você, sei como você é impulsivo. – sorri a ele

Godric me puxou para um abraço me rodopiando sem parar até ficarmos tontos e cairmos no chão gargalhando. Era isso que havia me conquistado nele tudo era incrível e feliz, espontaneidade atraia a alegria para si e todos ao seu redor, era tudo uma questão de saber conciliar com os seus defeitos.

- Adoraria que as crianças pararem de palhaçada e liberassem a passagem. – aquela era a voz que havia me feito ter sonhos indecentes e agora só me causava arrepios de pânico

- Sinto muito. – me desculpei, já ficando de pé com a cabeça baixa

- Não precisa ter medo Helga, - disse se levantando - essa é uma cobra sem veneno. A minha pata é capaz de estraçalhar ela por inteiro.

- Cuidado para não ser devora texugo. – ele disse para mim, e entrou no salão principal

- Sou um leão que ama texugos, Helga. Não se preocupe, não vou machucar você de novo. – Godric, expansivo como ele só, passou seu braço em meu ombro e me guiou para dentro, e como eu gostava da sensação de tê-lo me envolvendo

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