Capítulo Vinte e quatro

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Olá!!!
Se puderem me ajudar, gostaria muito que pudessem responder essas pesquisas

Para leitores - https://forms.gle/yAJyPZHMetubVb5M6
Para autores - https://forms.gle/aqVMhgcLx6wHZ9g77

Vou colocar o link nos comentários para caso dê erro aqui. Obrigada!


A minha recuperação estava lenta, as bolhas em minhas pernas não estavam melhorando e eu não conseguia ajudar muito, não tinha vontade de comer, precisava me forçar para tal, tinha trazido meu mantra de volta e ficava repetindo em toda refeição "Você consegue comer". E eu só conseguia pensar em o quão estúpida eu fora por querer dominar Salazar para levá-lo a uma situação tão íntima comigo nesse estado deplorável.

Demorou um tempo até eu ver Adelaide de novo, o que foi bom, porque eu não sabia como reagir, mas quando a vi de novo, não havia medo em seu rosto, ela estava bem, seu comportamento era normal, tinha um pequeno corte no rosto dela já com a "casquinha", eu produzira aquilo, ainda que sem querer. Não conversávamos mais como antes, acho que ela não queria ficar muito tempo sozinha na minha companhia, só a via quando vinha trocar meus curativos, Salazar ficara responsável agora por trazer comida para mim.

Quando a noite daquele dia chegou eu fui surpreendida com a chegada dos dois em meu novo quarto, eu fiquei feliz com a presença deles nos primeiros segundos em que os vi, mas a tensão deles era tão evidente que passou para mim também.

- O que está havendo?

- Não é nada de preo...

- Diga a verdade pra ela, Adelaide!

Ela suspirou pesadamente antes de começar a falar:

- Suas feridas não estão cicatrizando! As bolhas nas suas pernas não estão diminuindo, algumas aumentaram.

- E o que isso quer dizer? - perguntei já aflita

- Vamos estourá-las, sinto muito, querida! - ela falou com um enorme pesar

- Na prática, Adelaide irá raspar cada bolha de sua perna – Salazar falou com tamanha calma que parecia que havia dito que ela me daria uma torta de amora com chocolate – Você vai tomar uma poção para amenizar as dores a algo suportável, mas não pode dormir, nem pode ficar isenta de sentir reações, precisamos que você expresse sua dor para vermos se há algo mais acontecendo.

- Então, vocês vão abrir as minhas feridas e eu vou sentir tudo o que fizerem.

- Infelizmente sim!

- Sinto muito mesmo, querida!

- E se eu não quiser? - perguntei já sabendo a resposta que ganharia

- Isso não é uma opção. - ele se aproximou da minha cama e puxou uma cadeira, sentou-se ao meu lado, com o rosto virado para o meu e me deu um frasco com a poção – Beba!

Slytherin era um grande fã de me dar ordens, mas nesse caso o meu medo me fez dar graças por isso. Adelaide tomou seu lugar próximo as minhas pernas, tirou o lençol que me cobria e pela primeira vez o que vi me assustou, não por conta do modo como estava, eu me via assim todo dia, me assustou por saber que em poucos minutos não restaria mais nada, eu sabia que a poção já havia feito efeito, porque não senti o lençol sendo tirado de mim, só vi o movimento, a dor precisaria ser muito intensa pra me fazer sentir, mas quando ela pegou uma espátula de ferro me arrepiei por inteiro, se eu continuasse olhando sentiria uma dor psicológica, só pela sua movimentação.

- Olhe pra mim, Helga! Não precisa ter medo, não vamos te fazer mal!

Eu sabia que as palavras dele eram verdadeiras, mas também sabia que não deveria confiar inteiramente nele, embora eu não tivesse escolha agora. Mergulhei em seus olhos e me deixei levar pela sua beleza, queria encontrar a resposta para alguma pergunta que eu tinha dentro de mim e ainda não havia conseguido formular, não estava sentindo nada ainda, mas com minha visão periférica via que Adelaide estava se movendo, só não tinha entendido ainda que não era em mim, só depois fui descobrir que ela precisou esquentar a espátula.

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